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Perícia não encontra pólvora nas mãos de promotor argentino

No entanto, segundo investigadora, o fato não descarta suicídio


	Alberto Nisman: os dados provisórios da autópsia do cadáver de Nisman apontam que em sua morte "não houve intervenção de terceiras pessoas"
 (Marcelo Capece/AFP)

Alberto Nisman: os dados provisórios da autópsia do cadáver de Nisman apontam que em sua morte "não houve intervenção de terceiras pessoas" (Marcelo Capece/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2015 às 12h18.

Buenos Aires - O relatório da perícia para determinar se havia pólvora nas mãos do promotor argentino Alberto Nisman "deu negativo", informou nesta terça-feira Viviana Fein, promotora que investiga a morte, na qual o corpo foi encontrado morto por um tiro na cabeça em seu apartamento em Buenos Aires.

"Por ser uma arma de um calibre pequeno, calibre 22, e não uma arma de guerra, normalmente isso faz com que a perícia não dê resultados positivos", argumentou Fein à rádio Mitre após explicar que as perícias deram negativo.

"Não descarta que a tenha disparado nele", acrescentou, embora pediu para esperar o resultado de todas os testes solicitados, entre eles o de DNA do sangue achado na arma.

Os dados provisórios da autópsia do cadáver de Nisman apontam que em sua morte "não houve intervenção de terceiras pessoas". Além disso, as perícias policiais confirmaram que o disparo procedeu da arma achada sob seu corpo.

Nisman foi encontrado morto horas antes de seu comparecimento previsto no Congresso para informar sobre a denúncia contra a presidente Cristina Kirchner por suposto encobrimento de supostos terroristas iranianos que mataram 85 pessoas em um atentado contra a associação judia AMIA em 1994.

A morte do promotor provocou forte comoção na sociedade argentina e na segunda-feira milhares de pessoas se solidarizaram através das redes sociais com a hashtag #YoSoyNisman (Eu sou Nisman) e nas ruas das principais argentinas para reivindicar "verdade e justiça". 

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