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Pequim espera que EUA não causem problemas no Mar do Sul da China

Pouco antes da viagem de Trump ao país, um diplomata chinês afirmou que espera que o país "possam ajudar, e não causar problemas"

Donald Trump: "Esperamos que, sendo uma parte externa, os Estados Unidos consigam plantar mais flores e menos espinhos", disse o diplomata (Kevin Lamarque/Reuters)

Donald Trump: "Esperamos que, sendo uma parte externa, os Estados Unidos consigam plantar mais flores e menos espinhos", disse o diplomata (Kevin Lamarque/Reuters)

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Reuters

Publicado em 3 de novembro de 2017 às 10h57.

Pequim - A China disse esperar que os Estados Unidos possam "ajudar, e não causar problemas", no disputado Mar do Sul da China, disse um diplomata chinês de alto escalão nesta sexta-feira, antes da visita do presidente norte-americano, Donald Trump, a Pequim na semana que vem.

Washington vem criticando a China pela construção de ilhas e pela intensificação na montagem de instalações militares no mar, temendo que sejam usadas para restringir a livre movimentação marítima.

Navios da Marinha dos EUA também realizaram patrulhas em defesa da liberdade de navegação na área, o que irritou os chineses.

Falando aos repórteres antes da viagem de Trump, o vice-ministro das Relações Exteriores chinês, Zheng Zeguang, disse que seu país tem uma soberania inquestionável sobre as ilhas e águas circundantes do Mar do Sul da China.

A essência do problema no local é a ocupação ilegal de alguns países regionais em algumas das ilhas e recifes da China, disse Zheng, acrescentando que a China está disposta a resolver as questões pacificamente por meio de conversas com os países envolvidos diretamente.

"A questão do Mar do Sul da China não é uma questão entre a China e os Estados Unidos", afirmou.

"Esperamos que, sendo uma parte externa, os Estados Unidos consigam plantar mais flores e menos espinhos, que ajudem, e não causem problemas."

Zheng disse esperar que os EUA consigam encarar objetivamente os desdobramentos positivos no Mar do Sul da China e respeitar os esforços da China e de países do sudeste asiático para salvaguardar a paz e a estabilidade no local.

Não existe problema com a liberdade de navegação naquele mar, e Pequim não aceita que quaisquer partes a usem como uma "desculpa" para prejudicar a soberania e os interesses de segurança da China, acrescentou.

O governo Trump prometeu realizar operações mais robustas no Mar do Sul da China.

As reivindicações chinesas sobre a área, pela qual cerca de 5 trilhões de dólares em mercadorias circulam todos os anos, são contestadas por Brunei, Malásia, Filipinas, Taiwan e Vietnã.

Pronunciando-se mais cedo nesta sexta-feira, outro diplomata chinês de alto escalão disse que sua nação e o Vietnã concordaram em tratar de sua disputa sobre o Mar do Sul da China com conversas amigáveis na esteira de um desentendimento sério entre os dois vizinhos comunistas durante o verão local.

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