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Pentágono diz que próximos passos na Síria dependem de decisão de Assad

Não posso falar sobre retaliação, posso dizer que estamos prontos e estamos na região

O prédio do Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos (Staff/AFP/AFP)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de abril de 2018 às 11h50.

São Paulo - O Pentágono afirmou que os próximos passos com relação ao combate ao uso de armas químicas na Síria depende do presidente sírio, Bashar al-Assad, e do apoio, ou não, dos russos à decisão do regime sírio.

"Não posso falar sobre retaliação, posso dizer que estamos prontos e estamos na região", disse a porta-voz do Pentágono, Dana White, durante conferência com a imprensa.

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White salientou que os ataques "não representam uma mudança na política dos EUA e não são uma tentativa de depor o regime sírio", mas reiterou que a comunidade internacional não podem permitir a "grave violação à lei internacional", em referência ao ataque químico contra civis na cidade de Douma, relatado no fim de semana passada, e que motivou a ação dos aliados. Ela também destacou que o compromisso dos EUA é derrotar o Estado Islâmico.

Segundo a porta-voz do Pentágono, o uso de armas químicas não pode ser tolerado. "Queremos soluções diplomáticas para o conflito sírio, mas as nações civilizadas não podem permitir o que aconteceu na Síria", afirmou, referindo-se ao ataque químico.

White lançou um apelo à Rússia que "honre seu compromisso" de garantir que o regime de Assad de parar de usar armas químicas. A Rússia, porém, tem declarado que não está claro se o ataque teria sido comandado pelo regime de Assad.

White disse que o governo norte-americano tomou a decisão depois de ter significativas evidências sobre o ataque químico, mas não deu detalhes sobre o assunto.

Ela admitiu que ainda se analisa detalhes sobre o caso, para então falar sobre o assunto. "Os ataques foram justificados", limitou-se a dizer. Segundo a porta-voz, o governo sírio abandonou o compromisso de acabar com seu programa de armas químicas.

White também salientou que os ataques aéreos "atingiram com sucesso todos os alvos" e lembrou que a operação foi lançada para "incapacitar a habilidade da Síria de usar armas químicas no futuro", afetando "o coração" do programa sírio.

Ela citou que foram atacados três diferentes alvos relacionados ao desenvolvimento e produção das armas, incluindo um centro de pesquisa, um laboratório e um bunker.

Já o tenente-general Kenneth McKenzie, diretor do Estado-Maior do Pentágono, afirmou que os ataques aéreos foram "um sério golpe" à Síria. De acordo com ele, nenhum dos mísseis lançados pelos EUA e seus aliados foi bloqueado pelas defesas aéreas sírias, rebatendo informações divulgadas pelos governos russos e sírios.

"Nenhuma das nossas aeronaves ou mísseis envolvidos nesta operação foram atacados com sucesso pelas defesas aéreas sírias." Ele disse que também não há indicação de que os sistemas de defesa aérea russos foram empregados.

As forças armadas russas disseram anteriormente que o sistema de defesa antiaérea derrubou 71 dos 103 mísseis lançados pelos Estados Unidos e seus aliados.

McKenzie afirmou que 105 armas foram lançadas e acrescentou que até o momento não há conhecimento de que os ataques resultaram em qualquer vítima civil.

 

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