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Pedidos de asilo crescem 45% por conflitos na Síria e Iraque

Em 2014 foram apresentadas 866.000 demandas de asilo em 44 países desenvolvidos, 45% a mais que em 2013

Pequena refugiada síria em um abrigo na cidade libanesa de Baalbeck (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de março de 2015 às 09h39.

Genebra - As solicitações de asilo nos países ricos cresceram 45% em 2014, uma consequência dos conflitos na Síria e no Iraque , e se aproximaram do recorde registrado no início da guerra na Bósnia, anunciou a ONU.

A situação nos dois países provocou a "pior crise humanitária de nossa era", declarou a porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Melissa Fleming.

Em 2014 foram apresentadas 866.000 demandas de asilo em 44 países desenvolvidos, 45% a mais que em 2013, quase o mesmo número registrado em 1992, no início da guerra da Bósnia (quase 900.000 pedidos).

No ano passado, 60% dos pedidos de asilo foram registrados em apenas cinco países: Alemanha (173.100 demandas), Estados Unidos (121.200), Turquia (87.800), Suécia (75.100) e Itália (63.700).

Por razões metodológicas, as estatísticas turcas não incluem os sírios que entram no país, pois eles recebem abrigo provisório de "grupo".

Em quatro anos de guerra, mais de 215.000 pessoas morreram na Síria e 11,4 milhões fugiram de suas casas. E a situação piora com o passar, segundo o ACNUR, que cita as atrocidades cometidas em particular pelo grupo Estado Islâmico (EI).

Em 2014, os sírios lideraram as solicitações de asilo, com mais de 149.600 demandas (+166%). E a tendência não deve sofrer mudanças, segundo o ACNUR.

Mais de 3,9 milhões de refugiados sírios estão nos países vizinhos e, sem perspectiva de fim do conflito, planejam seguir para a Europa para oferecer um futuro melhor aos filhos.

"É uma nova tendência", adverte Fleming, que pediu aos países europeus a mesma generosidade que demonstraram durante a guerra dos Bálcãs nos anos 1990.

No caso do Iraque, 68.700 pessoas pediram asilo político ano passado (+84), em fuga dos combates e das atrocidades do EI.

Em seguida aparecem as demandas de asilo apresentadas no Afeganistão (59.500, +65%), Sérvia e Kosovo (55.700, +61%) e Eritreia (48.400, +117%), informou o ACNUR.

Em 2014, os 28 países da União Europeia registraram um aumento de 44% das demandas (570.800 pedidos de asilo).

A carga mais pesada recaiu nos países do sul da Europa (+95%), em particular Turquia e Itália.

Em proporção à população de cada país, a taxa mais elevada de demandas de asilo corresponde à Suécia, que registrou 24,4 pedidos por cada mil habitantes, seguida por Malta, Luxemburgo e Suíça.

Pela primeira vez desde o ano 2000, a França não aparece entre os cinco primeiros países de destino e, além disso, registrou queda de 2% dos pedidos, que chegaram a 59.000.

Nos Estados Unidos, com alta de quase 44% nos pedidos, os mexicanos permanecem como os mais numerosos.

Os refugiados nos países desenvolvidos representam, no entanto, uma parcela pequena das pessoas obrigadas a fugir de casa em consequência de guerras, violência ou conflitos.

Quase 85% dos refugiados vivem em um país em desenvolvimento, destacou Fleming.

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Genebra - As solicitações de asilo nos países ricos cresceram 45% em 2014, uma consequência dos conflitos na Síria e no Iraque , e se aproximaram do recorde registrado no início da guerra na Bósnia, anunciou a ONU.

A situação nos dois países provocou a "pior crise humanitária de nossa era", declarou a porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Melissa Fleming.

Em 2014 foram apresentadas 866.000 demandas de asilo em 44 países desenvolvidos, 45% a mais que em 2013, quase o mesmo número registrado em 1992, no início da guerra da Bósnia (quase 900.000 pedidos).

No ano passado, 60% dos pedidos de asilo foram registrados em apenas cinco países: Alemanha (173.100 demandas), Estados Unidos (121.200), Turquia (87.800), Suécia (75.100) e Itália (63.700).

Por razões metodológicas, as estatísticas turcas não incluem os sírios que entram no país, pois eles recebem abrigo provisório de "grupo".

Em quatro anos de guerra, mais de 215.000 pessoas morreram na Síria e 11,4 milhões fugiram de suas casas. E a situação piora com o passar, segundo o ACNUR, que cita as atrocidades cometidas em particular pelo grupo Estado Islâmico (EI).

Em 2014, os sírios lideraram as solicitações de asilo, com mais de 149.600 demandas (+166%). E a tendência não deve sofrer mudanças, segundo o ACNUR.

Mais de 3,9 milhões de refugiados sírios estão nos países vizinhos e, sem perspectiva de fim do conflito, planejam seguir para a Europa para oferecer um futuro melhor aos filhos.

"É uma nova tendência", adverte Fleming, que pediu aos países europeus a mesma generosidade que demonstraram durante a guerra dos Bálcãs nos anos 1990.

No caso do Iraque, 68.700 pessoas pediram asilo político ano passado (+84), em fuga dos combates e das atrocidades do EI.

Em seguida aparecem as demandas de asilo apresentadas no Afeganistão (59.500, +65%), Sérvia e Kosovo (55.700, +61%) e Eritreia (48.400, +117%), informou o ACNUR.

Em 2014, os 28 países da União Europeia registraram um aumento de 44% das demandas (570.800 pedidos de asilo).

A carga mais pesada recaiu nos países do sul da Europa (+95%), em particular Turquia e Itália.

Em proporção à população de cada país, a taxa mais elevada de demandas de asilo corresponde à Suécia, que registrou 24,4 pedidos por cada mil habitantes, seguida por Malta, Luxemburgo e Suíça.

Pela primeira vez desde o ano 2000, a França não aparece entre os cinco primeiros países de destino e, além disso, registrou queda de 2% dos pedidos, que chegaram a 59.000.

Nos Estados Unidos, com alta de quase 44% nos pedidos, os mexicanos permanecem como os mais numerosos.

Os refugiados nos países desenvolvidos representam, no entanto, uma parcela pequena das pessoas obrigadas a fugir de casa em consequência de guerras, violência ou conflitos.

Quase 85% dos refugiados vivem em um país em desenvolvimento, destacou Fleming.

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