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Partidos egípcios denunciam compra de votos nas eleições

Entre outras irregularidades, os Egípcios Livres denunciaram a existência de cédulas eleitorais falsas

A fraude eleitoral foi o modelo predominante nas eleições realizadas durante os 30 anos de mandato do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak (Mahmud Hams/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2011 às 09h28.

Cairo - Vários partidos egípcios denunciaram nesta segunda-feira casos de compra de votos por todo o país no primeiro dia das eleições legislativas, acusações que puderam ser constatadas pela reportagem da Agência Efe em pelo menos um colégio eleitoral do Cairo.

O diretor de Operações do Partido Egípcios Livres, o mais importante do laico Bloco Egípcio, Walid Daudi, explicou à Efe que sua formação registrou 'muitas irregularidades', entre elas 'a compra de votos em todas as províncias'.

'Recebemos queixas de gente denunciando a compra de votos. Em alguns colégios há gente repartindo comida e bebida entre os eleitores, e em outros estão pagando dinheiro diretamente', disse Daudi.

Entre outras violações, os Egípcios Livres denunciaram que muitas cédulas não levam o selo da Comissão Eleitoral e a existência de cédulas falsas.

'Há duas ou três escolas que fecharam porque os juízes encarregados de supervisionar o pleito disseram que havia muita gente e os centros não tinham capacidade para que pudessem votar', disse Daudi.


Da mesma forma, o Partido Liberdade e Justiça (PLJ), braço político do movimento islamita dos Irmãos Muçulmanos e grande favorito para as eleições, denunciou em sua página no Facebook que em Alexandria foi registrado pelo menos um caso de compra de votos.

Na entrada de um colégio eleitoral, jornalistas da Efe foram testemunhas de um homem de meia idade entregando dinheiro a uma pessoa que acabava de depositar suas cédulas em uma urna. Essa mesma pessoa abordou depois outros eleitores na entrada do colégio.

A Junta Eleitoral egípcia já tinha reconhecido que nas primeiras horas da votação aconteceram irregularidades como a repartição de propaganda eleitoral de alguns partidos na frente de colégios e o atraso na abertura de vários centros de votação.

Este atraso provocou a formação de longas filas e uma grande lentidão no processo. O presidente da Comissão Eleitoral, Abdelmoaiz Ibrahim, pediu para aqueles que se sintam prejudicados por estas ações que apresentem denúncias.

A reportagem da Agência Efe contatou que simpatizantes e membros do PLJ, dos Egípcios Livres e do Wafd distribuem folhetos e propaganda nos arredores dos colégios, algo que infringe a Lei Eleitoral egípcia.

A fraude eleitoral foi o modelo predominante nas eleições realizadas durante os 30 anos de mandato do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak.

A Junta Militar que dirige o Egito rejeitou expressamente o envio de observadores internacionais para zelar pelo bom desenvolvimento das eleições, as primeiras do país após a renúncia de Mubarak.

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Cairo - Vários partidos egípcios denunciaram nesta segunda-feira casos de compra de votos por todo o país no primeiro dia das eleições legislativas, acusações que puderam ser constatadas pela reportagem da Agência Efe em pelo menos um colégio eleitoral do Cairo.

O diretor de Operações do Partido Egípcios Livres, o mais importante do laico Bloco Egípcio, Walid Daudi, explicou à Efe que sua formação registrou 'muitas irregularidades', entre elas 'a compra de votos em todas as províncias'.

'Recebemos queixas de gente denunciando a compra de votos. Em alguns colégios há gente repartindo comida e bebida entre os eleitores, e em outros estão pagando dinheiro diretamente', disse Daudi.

Entre outras violações, os Egípcios Livres denunciaram que muitas cédulas não levam o selo da Comissão Eleitoral e a existência de cédulas falsas.

'Há duas ou três escolas que fecharam porque os juízes encarregados de supervisionar o pleito disseram que havia muita gente e os centros não tinham capacidade para que pudessem votar', disse Daudi.


Da mesma forma, o Partido Liberdade e Justiça (PLJ), braço político do movimento islamita dos Irmãos Muçulmanos e grande favorito para as eleições, denunciou em sua página no Facebook que em Alexandria foi registrado pelo menos um caso de compra de votos.

Na entrada de um colégio eleitoral, jornalistas da Efe foram testemunhas de um homem de meia idade entregando dinheiro a uma pessoa que acabava de depositar suas cédulas em uma urna. Essa mesma pessoa abordou depois outros eleitores na entrada do colégio.

A Junta Eleitoral egípcia já tinha reconhecido que nas primeiras horas da votação aconteceram irregularidades como a repartição de propaganda eleitoral de alguns partidos na frente de colégios e o atraso na abertura de vários centros de votação.

Este atraso provocou a formação de longas filas e uma grande lentidão no processo. O presidente da Comissão Eleitoral, Abdelmoaiz Ibrahim, pediu para aqueles que se sintam prejudicados por estas ações que apresentem denúncias.

A reportagem da Agência Efe contatou que simpatizantes e membros do PLJ, dos Egípcios Livres e do Wafd distribuem folhetos e propaganda nos arredores dos colégios, algo que infringe a Lei Eleitoral egípcia.

A fraude eleitoral foi o modelo predominante nas eleições realizadas durante os 30 anos de mandato do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak.

A Junta Militar que dirige o Egito rejeitou expressamente o envio de observadores internacionais para zelar pelo bom desenvolvimento das eleições, as primeiras do país após a renúncia de Mubarak.

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