Partido de Suu Kyi assume controle do Parlamento de Mianmar
Os 390 deputados da Liga Nacional para a Democracia (LND), com roupas da cor laranja, compareceram nesta segunda-feira para assinar a presença no Parlamento
Da Redação
Publicado em 1 de fevereiro de 2016 às 08h46.
Mianmar entrou em uma nova era nesta segunda-feira com a posse de um Parlamento dominado pelo partido de Aung San Suu Kyi, que vai formar o primeiro governo após eleições livres em um país marcado por décadas de poder de uma junta militar.
Os 390 deputados da Liga Nacional para a Democracia (LND), com roupas da cor laranja, compareceram nesta segunda-feira para assinar a presença no Parlamento, que fica na capital administrativa do país, Naypyidaw.
Após uma vitória esmagadora em novembro de 2015 nas primeiras eleições livres em 25 anos, o partido da vencedora do Nobel da Paz começa finalmente a assumir o poder.
"Hoje é um dia para história política de Mianmar do qual podemos estar orgulhosos", afirmou Win Myint, deputado da LND, eleito nesta segunda-feira presidente da Câmara dos Deputados.
"Trabalharemos para que os direitos humanos e a democracia sejam respeitados e para restabelecer a paz", afirmou Nyein Thit, deputado da LND.
Mianmar, país de 51 milhões de habitantes, que em sua maioria espera grandes mudanças após governos dominados pelos militares praticamente desde a independência em 1948, é uma das nações mais pobres da região.
Áreas como saúde e educação estão em ruínas e apenas 30% da população tem acesso à energia elétrica.
A nova maioria parlamentar, que inclui médicos, professores e poetas, tem muito a aprender e trabalhar nos próximos anos.
Apenas 20 deputados da LND têm experiência parlamentar, entre eles Aung San Suu Kyi, que passa de chefe da oposição a líder da maioria no Parlamento.
Ela entrou para o Parlamento após as legislativas parciais organizadas em 2012 como um primeiro sinal de boa vontade do governo de transição.
"É um momento histórico para o país", disse o analista político Khin Zaw Win.
"Por isto que lutamos durante tantos anos. Mas agora que chegou o momento, as preocupações se acumulam", completou, antes de destacar que Aung San Suu Kyi e seus companheiros terão a dura missão de trabalhar o mais rápido possível.
A primeira missão do Parlamento é a eleição do presidente do país, cargo que Suu Kyi não pode assumir, de acordo com a Constituição.
A vencedora do Nobel da Paz não pode aspirar o cargo porque um artigo da Constituição veta a função às pessoas com filhos de nacionalidade estrangeira. A líder política birmanesa tem dois filhos britânicos.
Até o momento, a LND não anunciou quem será o candidato do partido à presidência. Aung San Suu Kyi, no entanto, advertiu antes das eleições que estará "acima do presidente".
Os militares continuam sendo atores fundamentais na vida política do país e, graças à Constituição de 2008, ocupam 25% das cadeiras do Parlamento, sem eleição. Como a alteração exige mais de 75% dos votos, Aung San Suu Kyi não poderá mudar a Carta Magna sem o apoio dos militares.
O comandante do exército também controla alguns ministérios chave, como Defesa e Interior.
Aung San Suu Kyi terá margem na diplomacia, saúde e educação, três setores da política birmanesa devastados por décadas de ditadura militar, apesar da abertura do país desde 2011.
Mianmar entrou em uma nova era nesta segunda-feira com a posse de um Parlamento dominado pelo partido de Aung San Suu Kyi, que vai formar o primeiro governo após eleições livres em um país marcado por décadas de poder de uma junta militar.
Os 390 deputados da Liga Nacional para a Democracia (LND), com roupas da cor laranja, compareceram nesta segunda-feira para assinar a presença no Parlamento, que fica na capital administrativa do país, Naypyidaw.
Após uma vitória esmagadora em novembro de 2015 nas primeiras eleições livres em 25 anos, o partido da vencedora do Nobel da Paz começa finalmente a assumir o poder.
"Hoje é um dia para história política de Mianmar do qual podemos estar orgulhosos", afirmou Win Myint, deputado da LND, eleito nesta segunda-feira presidente da Câmara dos Deputados.
"Trabalharemos para que os direitos humanos e a democracia sejam respeitados e para restabelecer a paz", afirmou Nyein Thit, deputado da LND.
Mianmar, país de 51 milhões de habitantes, que em sua maioria espera grandes mudanças após governos dominados pelos militares praticamente desde a independência em 1948, é uma das nações mais pobres da região.
Áreas como saúde e educação estão em ruínas e apenas 30% da população tem acesso à energia elétrica.
A nova maioria parlamentar, que inclui médicos, professores e poetas, tem muito a aprender e trabalhar nos próximos anos.
Apenas 20 deputados da LND têm experiência parlamentar, entre eles Aung San Suu Kyi, que passa de chefe da oposição a líder da maioria no Parlamento.
Ela entrou para o Parlamento após as legislativas parciais organizadas em 2012 como um primeiro sinal de boa vontade do governo de transição.
"É um momento histórico para o país", disse o analista político Khin Zaw Win.
"Por isto que lutamos durante tantos anos. Mas agora que chegou o momento, as preocupações se acumulam", completou, antes de destacar que Aung San Suu Kyi e seus companheiros terão a dura missão de trabalhar o mais rápido possível.
A primeira missão do Parlamento é a eleição do presidente do país, cargo que Suu Kyi não pode assumir, de acordo com a Constituição.
A vencedora do Nobel da Paz não pode aspirar o cargo porque um artigo da Constituição veta a função às pessoas com filhos de nacionalidade estrangeira. A líder política birmanesa tem dois filhos britânicos.
Até o momento, a LND não anunciou quem será o candidato do partido à presidência. Aung San Suu Kyi, no entanto, advertiu antes das eleições que estará "acima do presidente".
Os militares continuam sendo atores fundamentais na vida política do país e, graças à Constituição de 2008, ocupam 25% das cadeiras do Parlamento, sem eleição. Como a alteração exige mais de 75% dos votos, Aung San Suu Kyi não poderá mudar a Carta Magna sem o apoio dos militares.
O comandante do exército também controla alguns ministérios chave, como Defesa e Interior.
Aung San Suu Kyi terá margem na diplomacia, saúde e educação, três setores da política birmanesa devastados por décadas de ditadura militar, apesar da abertura do país desde 2011.