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Partido de político morto no Equador anuncia novo candidato à Presidência

Christian Zurita, também jornalista, substituirá Fernando Villavicencio, morto a tiros no Equador, pelo partido Construye (Constrói)

O jornalista e candidato à Presidência do Equador pelo partido Construye, Christian Zurita, fala à imprensa durante coletiva em Quito, em 13 de agosto de 2023 (AFP/AFP)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 13 de agosto de 2023 às 17h56.

O partido de Fernando Villavicencio, morto a tiros no Equador, anunciou, neste domingo, 13, o jornalista Christian Zurita como seu novo candidato à presidência nas eleições de 20 de agosto.No sábado, o partido Construye (Constrói) havia nomeado candidata a ambientalista Andrea González, que era vice na chapa de Villaciencio, mas mudou de ideia temendo que as normas eleitorais a invalidassem.

A organização informou ter consultado o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) a respeito, mas não obteve resposta. A lei permite que os partidos políticos nomeiem um substituto em caso de morte de um candidato antes da eleição. Antes de a candidatura ser qualificada pelo CNE, é aberta uma fase de impugnação.

A norma eleitoral destaca que as candidaturas, uma vez inscritas, são irrenunciáveis e que nenhuma pessoa pode aspirar a mais de um cargo de eleição popular.

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Falta de clareza sobre o processo

O Construye decidiu "que seja o irmão de luta de Fernando Villavicencio, Christian Zurita, que me acompanhe a não deixar que os prazos do CNE (Conselho Nacional Eleitoral) sejam motivo de desqualificação", disse González durante coletiva de imprensa em Quito.

O partido tinha aventado a possibilidade de González aparecer como candidata a vice na cédula eleitoral e assumir o poder em caso de vitória.

"Até o momento, não temos clareza de como podemos e devemos proceder", afirmou Iván González, secretário do partido.

Candidato noticiou corrupção presidencial

Zurita, que apareceu vestindo colete à prova de balas, assim como González, desvendou, juntamente com o amigo Villavicencio, o caso de corrupção que resultou na condenação à revelia do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017) a oito anos de prisão.

Em 2011, Correa processou Zurita e o colega dele, Juan Carlos Calderón, por danos morais pela publicação de um livro que revelava contratos irregulares de seu irmão. O caso foi arquivado a pedido do ex-presidente. Um juiz determinou que pagassem dois milhões de dólares (aproximadamente 3 milhões de reais, em cotação da época).

"Não podia permitir que seu projeto político se perdesse ante o Conselho Nacional Eleitoral por uma possível destituição de sua candidatura", afirmou Zurita, de 53 anos, e cuja participação ainda não foi reconhecida pelo CNE.

O novo candidato acrescentou que o projeto de Villavicencio, assassinado a tiros na quarta-feira, supostamente por pistoleiros colombianos, "está intacto".

A respeito do debate presidencial obrigatório deste domingo, o único oficial de toda a campanha presidencial, Zurita explicou que não poderá participar, pois sua candidatura ainda não foi oficializada.

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