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Energia eólica na matriz nacional pode chegar a 15% em 2020, diz associação

Para o predidente da Abeeólica, a tecnologia não está consolidada no país

Além das regiões Nordeste e Sul, onde é mais forte a presença de ventos e, em consequência, de usinas eólicas, estudos que vêm sendo feitos poderão apontar, “em futuro breve”, o estado de Minas Gerais como um novo potencial a ser explorado (Luis Morais/VOCÊ S/A)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2011 às 15h55.

Rio de Janeiro - A participação da energia eólica (dos ventos) na matriz energética brasileira, que hoje está em 0,8%, deverá atingir 7% em 2020, conforme prevê o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDEE), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Ricardo de Maya Simões, considera o número modesto.

Segundo ele, o setor pode ter participação, em 2020, de 15% na matriz energética. Para isso, de acordo com Simões, é necessária a realização de leilões exclusivos, além da busca do domínio tecnológico. “Com leilões exclusivos, você obtém ganhos de escala para que, quando os mercados tradicionais, como a Europa e Estados Unidos retomarem, você tenha uma indústria consolidada, para poder manter a competição dessa fonte.”

Para o predidente da Abeeólica, a tecnologia não está consolidada no país. “O Brasil precisa dominar essa tecnologia”. Com esse objetivo, a entidade está trabalhando na construção de uma rede de pesquisas que irá culminar na criação de um centro de pesquisas de energia eólica. Para isso, foi contratada a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). A instituição fará um estudo sobre como deverá ser essa rede.

No final de setembro, a associação promoverá uma reunião da qual participarão os vários segmentos interessados no projeto: governo, fabricantes, institutos de pesquisa. O objetivo é tentar viabilizar a rede de pesquisas ainda este ano, para definição posterior do centro de energia eólica. Simões acredita que o centro iniciará as operações entre 2012 e 2013. Ainda não está decidido, também, se o modelo de gestão do centro será público, privado, ou misto, envolvendo uma parceria público privada (PPP). “Vai depender de como evoluirá essa rede de pesquisa.”

No final deste mês, será iniciada, no Rio de Janeiro, a segunda edição da Brazil Wind Power, congresso e feira do setor eólico promovidos pela Abeeólica e pelo Conselho Mundial de Energia Eólica. O evento reunirá os principais executivos e autoridades do setor, além de fabricantes instalados no país e representantes da comunidade científica, para debater questões como a sustentabilidade, o meio ambiente e energias renováveis.

Ricardo Simões avaliou que a tendência é de expansão das energias renováveis no mundo, com destaque para a eólica. Ele acredita que os países têm de se preocupar com a sua independência energética.

“Não é bom ter o preço da energia variando ao sabor do mercado de commodities [produtos primários com cotação internacional ], como o petróleo e o gás natural.” Ele acrescentou que, à medida que existe uma preocupação mundial com o aquecimento global e a não emissão de gases de efeito estufa, a energia eólica “tem um destaque natural de ocupar cada vez um espaço maior na matriz de energia do mundo”.

Além das regiões Nordeste e Sul, onde é mais forte a presença de ventos e, em consequência, de usinas eólicas, estudos que vêm sendo feitos poderão apontar, “em futuro breve”, o estado de Minas Gerais como um novo potencial a ser explorado, informou Ricardo Simões.

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Rio de Janeiro - A participação da energia eólica (dos ventos) na matriz energética brasileira, que hoje está em 0,8%, deverá atingir 7% em 2020, conforme prevê o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDEE), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Ricardo de Maya Simões, considera o número modesto.

Segundo ele, o setor pode ter participação, em 2020, de 15% na matriz energética. Para isso, de acordo com Simões, é necessária a realização de leilões exclusivos, além da busca do domínio tecnológico. “Com leilões exclusivos, você obtém ganhos de escala para que, quando os mercados tradicionais, como a Europa e Estados Unidos retomarem, você tenha uma indústria consolidada, para poder manter a competição dessa fonte.”

Para o predidente da Abeeólica, a tecnologia não está consolidada no país. “O Brasil precisa dominar essa tecnologia”. Com esse objetivo, a entidade está trabalhando na construção de uma rede de pesquisas que irá culminar na criação de um centro de pesquisas de energia eólica. Para isso, foi contratada a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). A instituição fará um estudo sobre como deverá ser essa rede.

No final de setembro, a associação promoverá uma reunião da qual participarão os vários segmentos interessados no projeto: governo, fabricantes, institutos de pesquisa. O objetivo é tentar viabilizar a rede de pesquisas ainda este ano, para definição posterior do centro de energia eólica. Simões acredita que o centro iniciará as operações entre 2012 e 2013. Ainda não está decidido, também, se o modelo de gestão do centro será público, privado, ou misto, envolvendo uma parceria público privada (PPP). “Vai depender de como evoluirá essa rede de pesquisa.”

No final deste mês, será iniciada, no Rio de Janeiro, a segunda edição da Brazil Wind Power, congresso e feira do setor eólico promovidos pela Abeeólica e pelo Conselho Mundial de Energia Eólica. O evento reunirá os principais executivos e autoridades do setor, além de fabricantes instalados no país e representantes da comunidade científica, para debater questões como a sustentabilidade, o meio ambiente e energias renováveis.

Ricardo Simões avaliou que a tendência é de expansão das energias renováveis no mundo, com destaque para a eólica. Ele acredita que os países têm de se preocupar com a sua independência energética.

“Não é bom ter o preço da energia variando ao sabor do mercado de commodities [produtos primários com cotação internacional ], como o petróleo e o gás natural.” Ele acrescentou que, à medida que existe uma preocupação mundial com o aquecimento global e a não emissão de gases de efeito estufa, a energia eólica “tem um destaque natural de ocupar cada vez um espaço maior na matriz de energia do mundo”.

Além das regiões Nordeste e Sul, onde é mais forte a presença de ventos e, em consequência, de usinas eólicas, estudos que vêm sendo feitos poderão apontar, “em futuro breve”, o estado de Minas Gerais como um novo potencial a ser explorado, informou Ricardo Simões.

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