Parte da Crimeia amanhece sem luz por falha na Ucrânia
A estatal elétrica ucraniana Ukrenergo cortou ontem à noite metade do abastecimento da região alegando dano em linhas de alta tensão
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2014 às 12h00.
Kiev - Ao redor de dois terços da Crimeia amanheceram nesta segunda-feira sem luz depois de a estatal elétrica ucraniana Ukrenergo cortar ontem à noite metade do abastecimento da região alegando um dano em duas das quatro linhas de alta tensão que abastecem a península.
A filial crimeana de Ukrenergo explicou às agências locais que a provisão a Crimeia foi reduzido "por causas alheias à empresa" e garantiu que o fornecimento de energia à península voltará ao normal assim que terminarem os reparos.
"A redução da provisão é uma tentativa de Kiev de chantagear a Federação da Rússia pela Crimeia", disse por sua vez o vice-primeiro-ministro crimeano, Rustam Temirgaliev.
A eletricidade e a água potável da Crimeia, incorporada esta semana à Rússia, é fornecida quase exclusivamente pela Ucrânia , já que a península não tem geradores próprios de energia nem reservas de água doce.
"A Crimeia estava preparada para este giro de eventos. Sabíamos o que estávamos fazendo (ao declarar a cisão da Ucrânia e a reunificação com a Rússia)", ressaltou o número dois do autoproclamado governo crimeano.
As autoridades do novo território federado russo asseguram que poderão conseguir certa autonomia energética em um mês e meio.
"Esta ação voltará como um bumerangue para bater em Kiev. Não se deve esquecer que a Ucrânia tem enormes dívidas com Moscou e o preço do gás (que compra da Rússia) não está regulado", advertiu Temirgaliev.
Moscou anunciou na sexta-feira que eliminará o desconto que dava à Ucrânia pela compra do gás russo pelo aluguel da base da Frota russa do Mar Negro em Sebastopol.
O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, adiantou que os Acordos de Kharkiv, assinados em abril de 2010 para estabelecer um desconto de US$ 100 para cada mil metros cúbicos de gás russo serão denunciados pela Rússia.
O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, reconheceu que a Ucrânia não pode renunciar ao gás russo seja qual for seu preço, e afirmou que a estatal ucraniana de gás pode se deparar com um preço próximo aos US$ 500 por mil metros cúbicos de gás russo a partir de abril, quase o dobro dos US$ 268 atuais. EFE
Kiev - Ao redor de dois terços da Crimeia amanheceram nesta segunda-feira sem luz depois de a estatal elétrica ucraniana Ukrenergo cortar ontem à noite metade do abastecimento da região alegando um dano em duas das quatro linhas de alta tensão que abastecem a península.
A filial crimeana de Ukrenergo explicou às agências locais que a provisão a Crimeia foi reduzido "por causas alheias à empresa" e garantiu que o fornecimento de energia à península voltará ao normal assim que terminarem os reparos.
"A redução da provisão é uma tentativa de Kiev de chantagear a Federação da Rússia pela Crimeia", disse por sua vez o vice-primeiro-ministro crimeano, Rustam Temirgaliev.
A eletricidade e a água potável da Crimeia, incorporada esta semana à Rússia, é fornecida quase exclusivamente pela Ucrânia , já que a península não tem geradores próprios de energia nem reservas de água doce.
"A Crimeia estava preparada para este giro de eventos. Sabíamos o que estávamos fazendo (ao declarar a cisão da Ucrânia e a reunificação com a Rússia)", ressaltou o número dois do autoproclamado governo crimeano.
As autoridades do novo território federado russo asseguram que poderão conseguir certa autonomia energética em um mês e meio.
"Esta ação voltará como um bumerangue para bater em Kiev. Não se deve esquecer que a Ucrânia tem enormes dívidas com Moscou e o preço do gás (que compra da Rússia) não está regulado", advertiu Temirgaliev.
Moscou anunciou na sexta-feira que eliminará o desconto que dava à Ucrânia pela compra do gás russo pelo aluguel da base da Frota russa do Mar Negro em Sebastopol.
O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, adiantou que os Acordos de Kharkiv, assinados em abril de 2010 para estabelecer um desconto de US$ 100 para cada mil metros cúbicos de gás russo serão denunciados pela Rússia.
O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, reconheceu que a Ucrânia não pode renunciar ao gás russo seja qual for seu preço, e afirmou que a estatal ucraniana de gás pode se deparar com um preço próximo aos US$ 500 por mil metros cúbicos de gás russo a partir de abril, quase o dobro dos US$ 268 atuais. EFE