Mundo

Parlamento japonês amplia sessões para aprovar ajudas para reconstrução

Premiê do Japão foi duramente criticado por sua gestão da crise e prometeu renunciar uma vez canalizada a reestruturação do país

Apesar da tempestade política, Kan mostrou sua intenção de aprovar um terceiro orçamento extra e um projeto de lei destinado a promover o uso das energias renováveis (Toru Hanai/Reuters)

Apesar da tempestade política, Kan mostrou sua intenção de aprovar um terceiro orçamento extra e um projeto de lei destinado a promover o uso das energias renováveis (Toru Hanai/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2011 às 09h02.

Tóquio - O Parlamento japonês aprovou nesta quarta-feira, com os votos do governante Partido Democrático (PD), a ampliação de suas sessões ordinárias durante 70 dias para aprovar um segundo orçamento extra para a reconstrução de áreas afetadas pelo desastre de 11 de março.

Os opositores Partido Liberal-Democrata (PLD) e Novo Komeito votaram contra o prolongamento das sessões, que deviam concluir nesta quarta-feira, informou a agência local "Kyodo".

Ambas as formações se opuseram apesar de que o secretário-geral do PD, Katsuya Okada, garantiu nesta quarta-feira aos líderes que a extensão do ano político até 31 de agosto não está relacionada com a permanência no poder do primeiro-ministro, Naoto Kan, ao que tanto membros de seu próprio partido quanto da oposição exigem que renuncie imediatamente.

A permanência de Kan põe em risco os apoios necessários para aprovar nos meses de julho e agosto um segundo orçamento extra para a reconstrução e uma lei para que o Governo possa emitir dívida.

Em 2 de maio, o Parlamento japonês aprovou um primeiro orçamento extraordinário de 4,02 trilhões de ienes (36,385 bilhões de euros) para enfrentar as primeiras despesas da reconstrução das zonas afetadas pelo terremoto e tsunami de 11 de março.

Apesar da tempestade política, Kan mostrou sua intenção de aprovar um terceiro orçamento extra e um projeto de lei destinado a promover o uso das energias renováveis, no meio do debate sobre a energia nuclear por causa da crise de Fukushima.

O primeiro-ministro foi duramente criticado por sua gestão da crise, o que levou a enfrentar uma moção de censura no início do mês, superada graças a sua promessa de renunciar uma vez canalizada a reconstrução.

No referente aos esforços de reconstrução, o Parlamento aprovou nesta quarta-feira a revisão de uma lei que começará a ser aplicada em agosto para injetar fundos públicos em instituições financeiras afetadas pelo desastre de 11 de março, que causou 15.477 mortos e 7.464 desaparecidos, segundo a última apuração.

A lei foi aprovada com a intenção de que bancos e outras instituições do nordeste possam financiar às pequenas e médias empresas da região que lutam para manter seus negócios.

Acompanhe tudo sobre:acidentes-nuclearesÁsiaDesastres naturaisJapãoPaíses ricosTerremotos

Mais de Mundo

Israel aprova cessar-fogo com Hezbollah, diz imprensa israelense

Supercomputador Tianhe lidera ranking global de eficiência energética em pequenos dados

Os 10 países do mundo mais dependentes de energia nuclear

Ministro alemão adverte para riscos de não selar acordo entre UE e Mercosul