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Parlamento britânico fará sessão extraordinária sobre EI

Primeiro-ministro evitou qualquer referência aos ataques realizados na vizinha Síria pelos Estados Unidos e por vários aliados árabes

David Cameron fala durante evento em Nova York: ele convocou para sexta-feira uma sessão extraordinária no Parlamento para debater ataques ao EI (John Minchillo/AFP)

David Cameron fala durante evento em Nova York: ele convocou para sexta-feira uma sessão extraordinária no Parlamento para debater ataques ao EI (John Minchillo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2014 às 17h10.

Londres - O primeiro-ministro britânico David Cameron convocou para sexta-feira uma sessão extraordinária no Parlamento para debater a possibilidade de realizar ataques aéreos no Iraque contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no Iraque.

O chefe de governo indicou em sua conta no Twitter que havia solicitado e recebido o aval dos deputados atualmente de férias após um pedido formal de assistência feito por seu colega iraquiano, Haidar al-Abadi.

Esse pedido foi feito em uma reunião em paralelo à Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York.

"O governo iraquiano pediu minha ajuda, então decidi chamar o Parlamento britânico sexta-feira, para que a Grã-Bretanha possa participar dos ataques aéreos contra o grupo EI no Iraque", explicou Cameron em uma entrevista concedida ao canal de notícias Sky News.

O primeiro-ministro evitou qualquer referência aos ataques realizados na vizinha Síria pelos Estados Unidos e por vários aliados árabes.

"Há uma ameaça direta contra a Grã-Bretanha (...) Há agora uma estratégia coerente para derrotá-la", acrescentou em referência aos jihadistas.

"O que estamos fazendo é legal, é adequado e não envolve o envio de tropas de combate. Como de costume, quando o nosso país é ameaçado desta forma, não podemos fugir às nossas obrigações", acrescentou.

Cameron disse ainda que vai presidir uma reunião de gabinete na quinta-feira, em seu retorno dos Estados Unidos.

Em entrevista à NBC News na terça-feira à noite, ele revelou suas intenções ao dizer: "Essas pessoas querem nos matar. Devemos formar esta coalizão (...) para garantir a destruição desta organização do mal".

O líder trabalhista Ed Miliband afirmou nesta quarta que está "aberto à possibilidade" de bombardeios britânicos contra o EI no Iraque. No entanto, argumentou que a ampliação da campanha para a Síria exigiria uma deliberação prévia do Conselho de Segurança da ONU.

As palavras do líder da oposição significam que o primeiro-ministro não deve sofrer mais um golpe no Parlamento.

No ano passado, o Partido Trabalhista se opôs a um plano do governo para uma ação aérea contra o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad.

Seis caças Tornado que operam a partir de uma base da Royal Air Force no Chipre já estão envolvidos em missões de vigilância no Iraque.

Além desse apoio logístico, o envolvimento britânico no conflito é limitado ao fornecimento de armas aos combatentes curdos.

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