Parlamentares criticam suspensão do Paraguai no Mercosul
“O ministro Patriota escreveu uma das páginas mais tristes da diplomacia brasileira”, disse o presidente do PP, Francisco Dornelles (RJ)
Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2012 às 16h42.
Brasília – Senadores da base aliada ao governo criticaram hoje (29) a decisão do Mercosul de suspender temporariamente o Paraguai do bloco. O anúncio foi feito ontem (28) à noite pelo ministro das Relações Exteriores brasileiro, Antonio Patriota. Ele destacou que não haverá sanções econômicas ao país vizinho.
“O ministro Patriota escreveu uma das páginas mais tristes da diplomacia brasileira”, disse o presidente do PP, Francisco Dornelles (RJ). O senador é um dos autores do requerimento aprovado na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, nesta semana, para que Patriota esclareça o posicionamento do Brasil em relação ao impeachment do ex-presidente paraguaio, Fernando Lugo.
A princípio, Patriota deverá comparecer ao Senado no dia 11 de julho. A data, entretanto, pode ser alterada, dependendo da agenda do ministro. Segundo Dornelles, não caberia ao Brasil e aos países do Mercosul outra decisão se não a de acatar o impeachment votado e aprovado pelo Parlamento do Paraguai e referendado pela Suprema Corte do país.
Para o vice-líder do governo no Senado, Gim Argello (PTB-DF), a posição adotada pelo Mercosul representa uma “ingerência” externa no Paraguai. “Deveriam ter respeitado uma decisão interna do país”, disse Argello.
O presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO), concordou com Argello e afirmou que, apesar de não ter havido consulta ao partido, tem certeza que de a maioria da bancada é contra a decisão do Mercosul. Para Raupp, teria sido mais prudente ouvir o Congresso Nacional antes de levar qualquer posicionamento para deliberação com os integrantes do bloco do Mercosul.
Diferentemente dos senadores, líder do governo na Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que a decisão do bloco foi influenciada pela tese do Brasil de não prejudicar economicamente o Paraguai. “A sanção política do Mercosul é suficiente para mostrar a desaprovação dos países membros com o golpe no Paraguai”, ressaltou Chinaglia.
Fernando Lugo teve o mandato cassado no dia 21 deste mês pelo Congresso do Paraguai em um processo de impeachment que durou 24 horas. Em seu lugar assumiu o vice-presidente Federico Franco, integrante do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), que estava fora do poder há mais de 70 anos.
Brasília – Senadores da base aliada ao governo criticaram hoje (29) a decisão do Mercosul de suspender temporariamente o Paraguai do bloco. O anúncio foi feito ontem (28) à noite pelo ministro das Relações Exteriores brasileiro, Antonio Patriota. Ele destacou que não haverá sanções econômicas ao país vizinho.
“O ministro Patriota escreveu uma das páginas mais tristes da diplomacia brasileira”, disse o presidente do PP, Francisco Dornelles (RJ). O senador é um dos autores do requerimento aprovado na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, nesta semana, para que Patriota esclareça o posicionamento do Brasil em relação ao impeachment do ex-presidente paraguaio, Fernando Lugo.
A princípio, Patriota deverá comparecer ao Senado no dia 11 de julho. A data, entretanto, pode ser alterada, dependendo da agenda do ministro. Segundo Dornelles, não caberia ao Brasil e aos países do Mercosul outra decisão se não a de acatar o impeachment votado e aprovado pelo Parlamento do Paraguai e referendado pela Suprema Corte do país.
Para o vice-líder do governo no Senado, Gim Argello (PTB-DF), a posição adotada pelo Mercosul representa uma “ingerência” externa no Paraguai. “Deveriam ter respeitado uma decisão interna do país”, disse Argello.
O presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO), concordou com Argello e afirmou que, apesar de não ter havido consulta ao partido, tem certeza que de a maioria da bancada é contra a decisão do Mercosul. Para Raupp, teria sido mais prudente ouvir o Congresso Nacional antes de levar qualquer posicionamento para deliberação com os integrantes do bloco do Mercosul.
Diferentemente dos senadores, líder do governo na Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que a decisão do bloco foi influenciada pela tese do Brasil de não prejudicar economicamente o Paraguai. “A sanção política do Mercosul é suficiente para mostrar a desaprovação dos países membros com o golpe no Paraguai”, ressaltou Chinaglia.
Fernando Lugo teve o mandato cassado no dia 21 deste mês pelo Congresso do Paraguai em um processo de impeachment que durou 24 horas. Em seu lugar assumiu o vice-presidente Federico Franco, integrante do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), que estava fora do poder há mais de 70 anos.