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Paraguai "não tem problema" em conviver com Venezuela

O presidente Federico Franco afirmou ter "documentos" que demonstram que Chávez apoiou o Exército do Povo Paraguaio (EPP), um grupo armado que age no país

Presidente paraguaio Federico Franco: "O Mercosul tomou uma decisão arbitrária de suspender ao país justamente para permitir a entrada da Venezuela", assegurou Franco. (REUTERS/Stringer)
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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Washington - O presidente do Paraguai , Federico Franco, declarou nesta quinta-feira que seu país "não tem problema" em conviver no Mercosul com a Venezuela, embora antes tenha entregado ao bloco regional documentos que, segundo ele, provam que Hugo Chávez apoiou um grupo armado em seu país.

"Nós não temos problema. O maior inconveniente nosso é que temos que falar de forma clara, transparente, com os documentos que temos e os benefícios que vamos ter", disse Franco em entrevista coletiva após dar uma conferência no centro de estudos Diálogo Interamericano de Washington.

O líder afirmou ter "documentos" que demonstram que Chávez apoiou o Exército do Povo Paraguaio (EPP), um grupo armado que age nas áreas florestadas do nordeste do Paraguai e que, de acordo com a Procuradoria do país, recebeu treinamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

"Meu governo tem todas as fotos, todos os registros de pessoas que foram capacitadas e protegidas na época do presidente Chávez (que morreu em 5 de março), e isso não precisa voltar a acontecer", disse Franco durante o ato.

Questionado a respeito na entrevista coletiva, o líder evitou dar mais detalhes devido a sua "responsabilidade como estadista".

"Eu darei essa informação, se se dão as condições aos presidentes do Mercosul, incluído Venezuela, para demonstrar a autoridade com a qual nós falamos", acrescentou.


O Paraguai foi suspenso do Mercosul e da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) por causa do julgamento político parlamentar no qual foi destituído o presidente Fernando Lugo em junho de 2012.

Franco, então vice-presidente, assumiu a chefia do Estado. Uma vez suspenso o Paraguai, Brasil, Argentina e Uruguai admitiram como novo membro a Venezuela, cuja incorporação ficou anos bloqueada pela negativa do Parlamento paraguaio a ratificar o tratado de adesão.

A entrada da Venezuela é "ilegal de todos os ângulos", disse.

"O Mercosul tomou uma decisão arbitrária de suspender ao país justamente para permitir a entrada da Venezuela", assegurou Franco durante o ato.

O líder considerou, além disso, que o Mercosul "deve ser refundado", porque "o político prevalece sobre o jurídico" e continua havendo um "grande desequilíbrio" na participação dos países.

No entanto, acrescentou que "o Paraguai não vai sair do Mercosul", e "muito menos em um governo tão efêmero", como o seu, que terminará em 15 de agosto, quando o vencedor das eleições de 21 de abril assumirá o poder.

A intenção do Paraguai é "vender seus produtos a qualquer país que ofereça os melhores preços e as melhores condições", afirmou, incluindo a Venezuela, se for o caso.

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Washington - O presidente do Paraguai , Federico Franco, declarou nesta quinta-feira que seu país "não tem problema" em conviver no Mercosul com a Venezuela, embora antes tenha entregado ao bloco regional documentos que, segundo ele, provam que Hugo Chávez apoiou um grupo armado em seu país.

"Nós não temos problema. O maior inconveniente nosso é que temos que falar de forma clara, transparente, com os documentos que temos e os benefícios que vamos ter", disse Franco em entrevista coletiva após dar uma conferência no centro de estudos Diálogo Interamericano de Washington.

O líder afirmou ter "documentos" que demonstram que Chávez apoiou o Exército do Povo Paraguaio (EPP), um grupo armado que age nas áreas florestadas do nordeste do Paraguai e que, de acordo com a Procuradoria do país, recebeu treinamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

"Meu governo tem todas as fotos, todos os registros de pessoas que foram capacitadas e protegidas na época do presidente Chávez (que morreu em 5 de março), e isso não precisa voltar a acontecer", disse Franco durante o ato.

Questionado a respeito na entrevista coletiva, o líder evitou dar mais detalhes devido a sua "responsabilidade como estadista".

"Eu darei essa informação, se se dão as condições aos presidentes do Mercosul, incluído Venezuela, para demonstrar a autoridade com a qual nós falamos", acrescentou.


O Paraguai foi suspenso do Mercosul e da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) por causa do julgamento político parlamentar no qual foi destituído o presidente Fernando Lugo em junho de 2012.

Franco, então vice-presidente, assumiu a chefia do Estado. Uma vez suspenso o Paraguai, Brasil, Argentina e Uruguai admitiram como novo membro a Venezuela, cuja incorporação ficou anos bloqueada pela negativa do Parlamento paraguaio a ratificar o tratado de adesão.

A entrada da Venezuela é "ilegal de todos os ângulos", disse.

"O Mercosul tomou uma decisão arbitrária de suspender ao país justamente para permitir a entrada da Venezuela", assegurou Franco durante o ato.

O líder considerou, além disso, que o Mercosul "deve ser refundado", porque "o político prevalece sobre o jurídico" e continua havendo um "grande desequilíbrio" na participação dos países.

No entanto, acrescentou que "o Paraguai não vai sair do Mercosul", e "muito menos em um governo tão efêmero", como o seu, que terminará em 15 de agosto, quando o vencedor das eleições de 21 de abril assumirá o poder.

A intenção do Paraguai é "vender seus produtos a qualquer país que ofereça os melhores preços e as melhores condições", afirmou, incluindo a Venezuela, se for o caso.

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