Paraguai condena suspensão do Mercosul, diz chanceler
O ministro das Relações Exteriores do país cobrou dos nove governos espaço para a defesa e a apresentação de esclarecimentos
Da Redação
Publicado em 25 de junho de 2012 às 11h32.
Assunção – O novo governo do presidente do Paraguai , Federico Franco, condenou hoje (25) o Mercosul por suspender temporariamente o país do bloco. O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, José Félix Férnández Estigarribia, cobrou dos nove governos (Brasil, Argentina e Uruguai, além de seis parceiros) espaço para a defesa e a apresentação de esclarecimentos. O Paraguai foi suspenso ontem (24) do Mercosul até 2013 devido à forma como conduziu o impeachment do presidente Fernando Lugo.
Férnández Estigarribia disse ainda que o Paraguai não participará da Cúpula do Mercosul, nos dias 28 e 29, na Argentina. No entanto, ele elogiou a declaração do assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, que disse ontem (24) à Agência Brasil que nem o Brasil nem o Mercosul vão intervir nas questões internas paraguaias.
“O senhor Marco Aurélio Garcia é uma figura muito importante na diplomacia brasileira e o que ele disse foi bastante interessante. Tenho muito apreço por ele”, disse o chanceler paraguaio. “Não aceitamos [a suspensão do Mercosul] porque não se aplica o Protocolo de Ushuaia, que exige escutar todos os membros [do bloco].”
Fernández Estigarribia acrescentou: “É curioso que nos questionem a brevidade [do processo de impeachment de Fernando Lugo] dos prazos do juízo político [o equivalente a impeachment], agora nos acionam sem nos dar o direito de defesa. Mas vamos continuar os esforços para restalecer as relações [com os países do Mercosul]”.
O chanceler disse também que está conversando de forma privada com os nove chanceleres dos países que assinam a suspensão do Paraguai. Ele se refere ao Brasil, à Argentina, ao Uruguai (os três são membros permanentes), além do Equador, da Bolívia, da Venezuela, do Chile, da Colômbia e do Peru, que são países parceiros do Mercosul e não são membros permanentes.
Ontem o Ministério das Relações Exteriores da Argentina divulgou nota anunciando a suspensão temporária do Paraguai do Mercosul Os nove governos condenaram de forma veemente a maneira como ocorreu o impeachment de Lugo, no último sexta-feira (22).
“[Todos os países que assinam o presente documento querem] expressar sua mais firme condenação da ordem democrática que ocorreu na República do Paraguai, pela inobservância do devido processo”, diz o comunicado. “[Decidimos] suspender o Paraguai imediatamente”, acrescenta. “[É uma] declaração dos Estados-Partes do Mercosul e Estados associados sobre violação da ordem democrática no Paraguai.”
A iniciativa indica que o Paraguai também deve ser suspenso da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), da qual fazem parte os nove países que assinaram a medida do Mercosul, mais o Suriname e a Guiana. Atualmente, o Paraguai é presidente pro tempore da Unasul. A próxima presidência será exercida pelo Peru.
Assunção – O novo governo do presidente do Paraguai , Federico Franco, condenou hoje (25) o Mercosul por suspender temporariamente o país do bloco. O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, José Félix Férnández Estigarribia, cobrou dos nove governos (Brasil, Argentina e Uruguai, além de seis parceiros) espaço para a defesa e a apresentação de esclarecimentos. O Paraguai foi suspenso ontem (24) do Mercosul até 2013 devido à forma como conduziu o impeachment do presidente Fernando Lugo.
Férnández Estigarribia disse ainda que o Paraguai não participará da Cúpula do Mercosul, nos dias 28 e 29, na Argentina. No entanto, ele elogiou a declaração do assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, que disse ontem (24) à Agência Brasil que nem o Brasil nem o Mercosul vão intervir nas questões internas paraguaias.
“O senhor Marco Aurélio Garcia é uma figura muito importante na diplomacia brasileira e o que ele disse foi bastante interessante. Tenho muito apreço por ele”, disse o chanceler paraguaio. “Não aceitamos [a suspensão do Mercosul] porque não se aplica o Protocolo de Ushuaia, que exige escutar todos os membros [do bloco].”
Fernández Estigarribia acrescentou: “É curioso que nos questionem a brevidade [do processo de impeachment de Fernando Lugo] dos prazos do juízo político [o equivalente a impeachment], agora nos acionam sem nos dar o direito de defesa. Mas vamos continuar os esforços para restalecer as relações [com os países do Mercosul]”.
O chanceler disse também que está conversando de forma privada com os nove chanceleres dos países que assinam a suspensão do Paraguai. Ele se refere ao Brasil, à Argentina, ao Uruguai (os três são membros permanentes), além do Equador, da Bolívia, da Venezuela, do Chile, da Colômbia e do Peru, que são países parceiros do Mercosul e não são membros permanentes.
Ontem o Ministério das Relações Exteriores da Argentina divulgou nota anunciando a suspensão temporária do Paraguai do Mercosul Os nove governos condenaram de forma veemente a maneira como ocorreu o impeachment de Lugo, no último sexta-feira (22).
“[Todos os países que assinam o presente documento querem] expressar sua mais firme condenação da ordem democrática que ocorreu na República do Paraguai, pela inobservância do devido processo”, diz o comunicado. “[Decidimos] suspender o Paraguai imediatamente”, acrescenta. “[É uma] declaração dos Estados-Partes do Mercosul e Estados associados sobre violação da ordem democrática no Paraguai.”
A iniciativa indica que o Paraguai também deve ser suspenso da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), da qual fazem parte os nove países que assinaram a medida do Mercosul, mais o Suriname e a Guiana. Atualmente, o Paraguai é presidente pro tempore da Unasul. A próxima presidência será exercida pelo Peru.