Para Santos, Colômbia pode mudar sua história de violência
O presidente Juan Manuel Santos lidera nesta terça-feira uma grande manifestação em Bogotá em defesa da paz
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
Bogotá - O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que lidera nesta terça-feira uma grande manifestação em Bogotá em defesa da paz, afirmou em entrevista para a Agência Efe que a Colômbia tem atualmente "a oportunidade de mudar" sua história de violência.
O presidente reiterou além disso seu compromisso de iniciar um diálogo com Exército de Libertação Nacional (ELN) como o que está sendo feito pelo seu governo desde novembro do ano passado com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em Cuba.
A marcha que hoje reúne nas ruas de Bogotá e outras cidades milhares de colombianos tem como objetivo reivindicar de forma pacífica o fim do conflito e apoiar o processo de diálogo com a guerrilha.
"É uma manifestação pela paz, pela não violência, uma violência que sofremos durante 65 anos, e hoje também estamos lembrando o assassinato de Jorge Eliécer Gaitán, que foi muito importante em nosso país e que desde então a violência não cessou", disse Santos.
O presidente se referiu ao aniversário do assassinato em 1948 de Gaitán, um líder político liberal que tinha grandes possibilidades de alcançar a presidência da Colômbia, episódio conhecido como "El Bogotazo" e que deu início a um período de violência política que até hoje não acabou.
"Hoje temos a oportunidade de mudar isso porque as condições estão dadas", ressaltou o líder, que inaugurou a passeata pacífica no Monumento aos Heróis Caídos e depois caminhou várias ruas até o Centro de Memória, onde a marcha foi recebida pelo prefeito de Bogotá, o ex-guerrilheiro desmobilizado do M-19 Gustavo Petro.
"O único que nos falta é ficarmos aliados e se o povo colombiano, inteiro, nos unirmos para esse propósito isso faz com que possamos conseguir", acrescentou Santos.
O presidente disse ainda que todo o país está representado no ato simbólico, apesar de alguns setores colombianos não terem se somado ao protesto.
"Há gente que opina de maneira diametralmente oposta", reconheceu Santos ao se referir aos setores ultraconservadores que criticaram a manifestação pacífica, entre eles o ex-presidente Álvaro Uribe, que sempre defendeu uma saída militar para o conflito armado.
"Os que não marcham estão em seu direito, mas ser contra da paz é ser contra a beleza, a democracia, a liberdade", acrescentou o presidente.
Santos expressou ainda sua vontade de iniciar em breve um diálogo com o ELN, que por várias ocasiões revelou o desejo de se somar ao atual processo de paz, negociado sem sucesso durante a presidência de Uribe.
"Do ELN espero que mais cedo possível poderemos começar um processo parecido ao que temos com as Farc", reiterou Santos.
"A jornada de hoje é uma expressão da sociedade colombiana que tem grande simbolismo", disse Santos.
"Hoje é o dia das vítimas e a melhor homenagem que se pode fazer é que no futuro não exista mais vítimas, que exista paz", finalizou o líder, que marchou ao lado de movimentos políticos da esquerda, ex-guerrilheiros e integrantes da sociedade civil.
Bogotá - O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que lidera nesta terça-feira uma grande manifestação em Bogotá em defesa da paz, afirmou em entrevista para a Agência Efe que a Colômbia tem atualmente "a oportunidade de mudar" sua história de violência.
O presidente reiterou além disso seu compromisso de iniciar um diálogo com Exército de Libertação Nacional (ELN) como o que está sendo feito pelo seu governo desde novembro do ano passado com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em Cuba.
A marcha que hoje reúne nas ruas de Bogotá e outras cidades milhares de colombianos tem como objetivo reivindicar de forma pacífica o fim do conflito e apoiar o processo de diálogo com a guerrilha.
"É uma manifestação pela paz, pela não violência, uma violência que sofremos durante 65 anos, e hoje também estamos lembrando o assassinato de Jorge Eliécer Gaitán, que foi muito importante em nosso país e que desde então a violência não cessou", disse Santos.
O presidente se referiu ao aniversário do assassinato em 1948 de Gaitán, um líder político liberal que tinha grandes possibilidades de alcançar a presidência da Colômbia, episódio conhecido como "El Bogotazo" e que deu início a um período de violência política que até hoje não acabou.
"Hoje temos a oportunidade de mudar isso porque as condições estão dadas", ressaltou o líder, que inaugurou a passeata pacífica no Monumento aos Heróis Caídos e depois caminhou várias ruas até o Centro de Memória, onde a marcha foi recebida pelo prefeito de Bogotá, o ex-guerrilheiro desmobilizado do M-19 Gustavo Petro.
"O único que nos falta é ficarmos aliados e se o povo colombiano, inteiro, nos unirmos para esse propósito isso faz com que possamos conseguir", acrescentou Santos.
O presidente disse ainda que todo o país está representado no ato simbólico, apesar de alguns setores colombianos não terem se somado ao protesto.
"Há gente que opina de maneira diametralmente oposta", reconheceu Santos ao se referir aos setores ultraconservadores que criticaram a manifestação pacífica, entre eles o ex-presidente Álvaro Uribe, que sempre defendeu uma saída militar para o conflito armado.
"Os que não marcham estão em seu direito, mas ser contra da paz é ser contra a beleza, a democracia, a liberdade", acrescentou o presidente.
Santos expressou ainda sua vontade de iniciar em breve um diálogo com o ELN, que por várias ocasiões revelou o desejo de se somar ao atual processo de paz, negociado sem sucesso durante a presidência de Uribe.
"Do ELN espero que mais cedo possível poderemos começar um processo parecido ao que temos com as Farc", reiterou Santos.
"A jornada de hoje é uma expressão da sociedade colombiana que tem grande simbolismo", disse Santos.
"Hoje é o dia das vítimas e a melhor homenagem que se pode fazer é que no futuro não exista mais vítimas, que exista paz", finalizou o líder, que marchou ao lado de movimentos políticos da esquerda, ex-guerrilheiros e integrantes da sociedade civil.