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Para chefe do Exército, Egito precisa de solução política

Segundo vice-presidente Mohamed El Baradei, general Abdel Fattah al-Sisi não considera se candidatar à Presidência

Presidente interino do Egito Adli Mansou conversa com Mohamed El Baradei em uma reunião no palácio presidencial em Cairo, Egito (Egyptian Presidency/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2013 às 16h03.

Cairo - O comandante do Exército do Egito , Abdel Fattah al-Sisi, entende que deve haver uma solução política para a crise no Egito, disse o vice-presidente Mohamed El Baradei, em entrevista publicada nesta sexta-feira, acrescentando que o general não considera se candidatar à Presidência.

"Ele entende que tem de haver uma solução política. Mas é claro que ele tem a responsabilidade de proteger o país na questão da segurança", disse El Baradei ao jornal Washington Post.

A entrevista foi publicada num momento em que a União Europeia busca um esforço para negociar um fim do impasse entre a Irmandade Muçulmana e o governo apoiado pelo Exército, inslatado após a destituição de Mohamed Mursi em 3 de julho.

El Baradei disse que os campos de protestos estabelecidos pela Irmandade Muçulmana no Cairo devem ser desfeitos por meio do diálogo, após o Ministério do Interior alertar que medidas devem ser tomadas para dispersá-los.

"Não quero ver mais nenhum derramamento de sangue. Ninguém quer isso. Estamos fazendo nosso melhor", disse El Baradei.

"É por isso que (sou favorável a) um diálogo renunciando à violência como parte de um pacote para eles dispersarem toda essa manifestaçào e então começar a construir o país", acrescentou.

"Eles precisam cooperar", disse, se referindo à Irmandade. "Mas eles precisam, é claro, se sentir seguros, eles precisam de imunidade, eles precisam sentir que não estão excluídos. São coisas que estamos dispostos a dar." Preso desde sua deposição, Mursi enfrenta um inquérito judicial sob acusações de assassinato e conspirar com o grupo islâmico palestino Hamas em 2011, quando fugiu da prisão durante a revolta contra o ex-presidente Hosni Mubarak.

El Baradei disse que gostaria de ver as acusações contra Mursi retiradas "se elas não forem muito sérias".

"Gostaria de ver um possível perdão como parte de um grande pacote. Porque o destino do país é muito mais importante", disse.

Ele também disse que Sisi não pensa em disputar a Presidência.

"Você vê o retrato de Sisi em todos os lugares, e é bom que ele não esteja pensando em disputar a Presidência. É bom que ele não queira o Exército dirigindo o país", afirmou.

"Mas numa emergência nacional, o povo busca por poder, e o poder está com o Exército agora."

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Cairo - O comandante do Exército do Egito , Abdel Fattah al-Sisi, entende que deve haver uma solução política para a crise no Egito, disse o vice-presidente Mohamed El Baradei, em entrevista publicada nesta sexta-feira, acrescentando que o general não considera se candidatar à Presidência.

"Ele entende que tem de haver uma solução política. Mas é claro que ele tem a responsabilidade de proteger o país na questão da segurança", disse El Baradei ao jornal Washington Post.

A entrevista foi publicada num momento em que a União Europeia busca um esforço para negociar um fim do impasse entre a Irmandade Muçulmana e o governo apoiado pelo Exército, inslatado após a destituição de Mohamed Mursi em 3 de julho.

El Baradei disse que os campos de protestos estabelecidos pela Irmandade Muçulmana no Cairo devem ser desfeitos por meio do diálogo, após o Ministério do Interior alertar que medidas devem ser tomadas para dispersá-los.

"Não quero ver mais nenhum derramamento de sangue. Ninguém quer isso. Estamos fazendo nosso melhor", disse El Baradei.

"É por isso que (sou favorável a) um diálogo renunciando à violência como parte de um pacote para eles dispersarem toda essa manifestaçào e então começar a construir o país", acrescentou.

"Eles precisam cooperar", disse, se referindo à Irmandade. "Mas eles precisam, é claro, se sentir seguros, eles precisam de imunidade, eles precisam sentir que não estão excluídos. São coisas que estamos dispostos a dar." Preso desde sua deposição, Mursi enfrenta um inquérito judicial sob acusações de assassinato e conspirar com o grupo islâmico palestino Hamas em 2011, quando fugiu da prisão durante a revolta contra o ex-presidente Hosni Mubarak.

El Baradei disse que gostaria de ver as acusações contra Mursi retiradas "se elas não forem muito sérias".

"Gostaria de ver um possível perdão como parte de um grande pacote. Porque o destino do país é muito mais importante", disse.

Ele também disse que Sisi não pensa em disputar a Presidência.

"Você vê o retrato de Sisi em todos os lugares, e é bom que ele não esteja pensando em disputar a Presidência. É bom que ele não queira o Exército dirigindo o país", afirmou.

"Mas numa emergência nacional, o povo busca por poder, e o poder está com o Exército agora."

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