Mundo

Paquistão e Talibã concordam em interromper violência

Os representantes demostram preocupação com ataques que vêm ocorrendo no país, concordando em suspender ações que possam comprometer atuais negociações de paz

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 15h36.

Islambad - Representantes do governo do Paquistão e do Talibã demonstraram nesta sexta-feira preocupação com os ataques que vêm ocorrendo no país, concordando em suspender ações que possam comprometer as atuais negociações de paz.

O Talibã paquistanês reivindicou a autoria de um atentado à bomba que matou 12 policiais na cidade de Karachi na quinta, o último de uma série de ataques quase diários desde que o governo sugeriu conversas para encerrar o conflito que já dura sete anos.

"As duas comissões expressaram profundo pesar pelas ações violentas, e declararam que incidentes como esse têm um impacto negativo nos esforços pela paz", indicou uma declaração conjunta, divulgada depois que os dois lados se reuniram nesta sexta.

"Sobre o incidente em Karachi, o governo declarou que será difícil manter as negociações com atividades como essa", indica o texto.

"Por isso, o Talibã precisa anunciar a interrupção de qualquer tipo de ação contrária à paz", exigiu o governo, de acordo com o comunicado, explicanco que o grupo havia concordado com o pedido.

Os talibãs também pediram que as autoridades também não ajam de forma a criar um conflito.

"Para uma paz duradoura, nenhum lado deve usar a força", ressaltou o Talibã.

O chefe da delegação dos insurgentes, Maulana Samiul Haq, convocou uma reunião de líderes religiosos para sábado, com o objetivo de deixá-los a par das negociações.

O conflito deixou 7.000 mortos desde 2007, de acordo com um levantamento da AFP.

Um surto de violência em 2014 já deixou 130 mortos.

Depois de um bombardeio a um esconderijo do Talibã em Waziristão do Norte, muitos acreditaram que uma ofensiva militar era iminente, mas o primeiro-ministro Nawaz Sharif anunciou as negociações.

A estabilidade no país, que tem armas nucleares, é importante por sua proximidade com o Afeganistão, de onde as tropas da Otan estão saindo depois de uma ocupação de dez anos.

Washigton anunciou que está acompanhando atentamente as conversas. Os americanos pressionam o governo do Paquistão por uma ação militar contra o Talibã devido aos ataques cometidos pelo grupo às suas tropas no país vizinho.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaMortesPaquistãoViolência urbana

Mais de Mundo

Como irão funcionar as eleições presidenciais na Venezuela?

Incêndio florestal na Califórnia destruiu área maior do que a de Los Angeles

Blinken preocupado com 'ações provocativas' da China nas imediações de Taiwan

Após críticas de Trump, FBI confirma que ele foi ferido por uma bala

Mais na Exame