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Papa se reunirá com um grupo de refugiados rohingyas

A reunião foi programada para o dia 1 de dezembro em Daca, a capital de Bangladesh, país que acolhe os rohingyas em acampamentos transitórios

Papa: "Será um encontro inter-religioso e ecumênico para a paz", explicou o porta-voz do papa (Tony Gentile/Reuters)

Papa: "Será um encontro inter-religioso e ecumênico para a paz", explicou o porta-voz do papa (Tony Gentile/Reuters)

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AFP

Publicado em 22 de novembro de 2017 às 20h54.

O papa Francisco ouvirá os testemunhos de um grupo de refugiados muçulmanos da comunidade rohingya durante sua visita a Bangladesh no início de dezembro, indicou nesta quarta-feira (22) o porta-voz da Santa Sé, Greg Burke.

O pontífice argentino empreenderá na segunda-feira uma viagem delicada a Mianmar e Bangladesh, dois países asiáticos onde os católicos são minoria, para falar de paz e convivência pacífica.

"Será um encontro inter-religioso e ecumênico para a paz", explicou o porta-voz do papa sobre a reunião com os rohingyas, aos que Mianmar nega a cidadania.

A reunião foi programada para o dia 1 de dezembro em Daca, a capital de Bangladesh, país que acolhe os rohingyas em acampamentos transitórios, o que representa outra grave crise humanitária.

Na Birmânia, onde realizará uma série de reuniões "privadas" de 27 a 30 de novembro, todas muito diplomáticas, o papa tem previsto se reunir com o general Min Aung Hlaing, chefe do exército birmanês.

Em menos de três meses, mais da metade da população rohingya no estado de Rakain, no oeste de Mianmar, teve que se refugiar no vizinho Bangladesh para fugir de uma campanha de repressão lançada pelo exército birmanês.

A pedido do arcebispo de Rangun, a maior cidade de Mianmar, o cardeal Charles Bo, o papa Francisco deverá evitar usar a palavra rohingya durante sua visita, e quando falar deles se referirá aos muçulmanos do estado de Rakain.

"O termo rohingya não está proibido no Vaticano", disse o porta-voz, afirmando que o papa quis escutar o conselho do único cardeal de Mianmar.

"Pedimos a ele que se abstenha de utilizar a palavra rohingya porque é muito questionada e não é aceita pelos militares, pelo governo nem pelas pessoas de Mianmar", explicou o purpurado.

Em Bangladesh, onde permanecerá de 30 de novembro a 2 de dezembro, o papa visitará o monumento dos Mártires Nacionais de Savar, que homenageia os mortos na guerra de Libertação desse país do Paquistão (1971) e o Museu da Memória de Bangabandhu.

Também realizará uma missa no parque Suhrawardy Udyan e se reunirá com bispos.

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