Papa pede mais regulação dos mercados e nega ser marxista
Católicos conservadores, particularmente nos Estados Unidos, têm criticado algumas declarações anteriores do Papa sobre economia
Da Redação
Publicado em 11 de janeiro de 2015 às 16h49.
ROMA - O papa Francisco pediu mais regulação dos mercados financeiros e rejeitou as sugestões de que suas críticas ao capitalismo sejam fruto de uma formação marxista.
"Os mercados e a especulação financeira não pode gozar de autonomia absoluta", disse ele em entrevista publicada neste domingo no jornal La Stampa, exigindo mais ética na economia e uma melhor distribuição dos recursos da Terra.
"Nós não podemos esperar mais tempo para resolver as causas estruturais da pobreza, a fim de curar nossa sociedade de uma doença que só pode levar a novas crises", disse ele.
Católicos conservadores, particularmente nos Estados Unidos, têm criticado algumas declarações anteriores do Papa sobre economia, com vários chamando-o abertamente de marxista. Mas o papa argentino disse que estava apenas indicando os ensinamentos da Igreja.
"Se eu repetir alguns sermões dos primeiros padres da Igreja no século II ou III sobre como os pobres devem ser tratados, alguns me acusariam de pregar uma homilia marxista", disse. "O Novo Testamento não condena a riqueza, mas a idolatria da riqueza." Ele condenou os enormes salários e bônus, chamando-os de sintomas de uma economia baseada na ganância, e também disse que a especulação com commodities de alimentos está minando a luta global contra a pobreza e a fome.
A entrevista faz parte de um capítulo de um livro italiano a ser publicado esta semana.
ROMA - O papa Francisco pediu mais regulação dos mercados financeiros e rejeitou as sugestões de que suas críticas ao capitalismo sejam fruto de uma formação marxista.
"Os mercados e a especulação financeira não pode gozar de autonomia absoluta", disse ele em entrevista publicada neste domingo no jornal La Stampa, exigindo mais ética na economia e uma melhor distribuição dos recursos da Terra.
"Nós não podemos esperar mais tempo para resolver as causas estruturais da pobreza, a fim de curar nossa sociedade de uma doença que só pode levar a novas crises", disse ele.
Católicos conservadores, particularmente nos Estados Unidos, têm criticado algumas declarações anteriores do Papa sobre economia, com vários chamando-o abertamente de marxista. Mas o papa argentino disse que estava apenas indicando os ensinamentos da Igreja.
"Se eu repetir alguns sermões dos primeiros padres da Igreja no século II ou III sobre como os pobres devem ser tratados, alguns me acusariam de pregar uma homilia marxista", disse. "O Novo Testamento não condena a riqueza, mas a idolatria da riqueza." Ele condenou os enormes salários e bônus, chamando-os de sintomas de uma economia baseada na ganância, e também disse que a especulação com commodities de alimentos está minando a luta global contra a pobreza e a fome.
A entrevista faz parte de um capítulo de um livro italiano a ser publicado esta semana.