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Papa pede em mensagem uma paz que não seja de fachada

Francisco implorou também para que a paz reine em vários países da África

O papa Francisco, no Vaticano (AFP/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 25 de dezembro de 2013 às 10h09.

O papa Francisco pediu em sua primeira mensagem de Natal "Urbi et Orbi" uma paz que "não seja de fachada" para o mundo e apelou pelo fim da violência na Síria e na África, depois de condenar o tráfico de seres humanos como um crime contra a humanidade.

A partir do balcão da Basílica de São Pedro, o primeiro papa latino-americano, que foi muito aplaudido ao aparecer vestido com um hábito branco em frente à multidão reunida na Praça de São Pedro, pediu paz para os homens, mas uma paz "que não seja de fachada, que esconde lutas e divisões", disse.

"A verdadeira paz não é um equilíbrio de forças opostas", advertiu em sua breve, mas densa mensagem.

"A paz é compromisso cotidiano, é artesanal, que se conquista contando com o dom de Deus", clamou.

O papa argentino também pediu "o fim da violência na Síria e a garantia do acesso à ajuda humanitária".

"Muitas (vidas) foram destruídas nos últimos tempos pelo conflito na Síria, gerando ódio e vinganças", reconheceu o pontífice, que dedicou em setembro um dia mundial de oração quando um ataque americano a este país parecia iminente.

Francisco implorou também para que a paz reine em vários países da África, entre eles a República Centro-Africana, "frequentemente esquecida pelos homens", e o Sudão do Sul, onde as tensões "ameaçam a convivência pacífica" deste jovem Estado.

O papa jesuíta pediu negociações entre israelenses e palestinos e que "sejam curadas as feridas do Iraque, atingido por frequentes atentados".

Desabrigados, refugiados, imigrantes

O chefe da Igreja católica lembrou os deslocados e refugiados, especialmente no Chifre da África e no Congo, e condenou com firmeza o tráfico de seres humanos, que classificou de crime contra a humanidade.


"Menino de Belém, toca o coração de todos os que estão envolvidos no tráfico de seres humanos, para que percebam a gravidade deste crime contra a humanidade", afirmou o pontífice latino-americano, que mencionou a tragédia na ilha siciliana de Lampedusa, onde quase 400 imigrantes ilegais se afogaram no início de outubro.

"Que não observemos novamente tragédias como as que vimos neste ano com muitos mortos em Lampedusa, que não ocorram nunca mais", rogou o Papa argentino, filho de imigrantes italianos, cuja primeira visita oficial na Itália foi justamente a esta ilha italiana para dar alívio aos ilegais.

Em sua mensagem, pronunciada em italiano, lembrou as vítimas das catástrofes naturais e o "querido povo filipino", atingido pelo tufão Haiyan.

Dirigindo-se aos católicos, mas também aos não crentes, o papa pediu para que pensem "nas crianças, que são as vítimas mais vulneráveis das guerras, mas também nos idosos, nas mulheres maltratadas, nos doentes. As guerras destroem tantas vidas e causam tanto sofrimento", comentou.

Apesar do tempo cinza, milhares de romanos e turistas receberam na Praça de São Pedro de Roma a bênção papal "Urbi et Orbi".

O toque de cor foi dado pelos peregrinos latino-americanos, assim como pelos guardas suíços, com seus trajes coloridos.

Previamente, na noite de terça-feira, Francisco celebrou na Basílica de São Pedro a tradicional Missa do Galo, que acabou por volta das 23h00 locais (20h00 de Brasília).

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O papa Francisco pediu em sua primeira mensagem de Natal "Urbi et Orbi" uma paz que "não seja de fachada" para o mundo e apelou pelo fim da violência na Síria e na África, depois de condenar o tráfico de seres humanos como um crime contra a humanidade.

A partir do balcão da Basílica de São Pedro, o primeiro papa latino-americano, que foi muito aplaudido ao aparecer vestido com um hábito branco em frente à multidão reunida na Praça de São Pedro, pediu paz para os homens, mas uma paz "que não seja de fachada, que esconde lutas e divisões", disse.

"A verdadeira paz não é um equilíbrio de forças opostas", advertiu em sua breve, mas densa mensagem.

"A paz é compromisso cotidiano, é artesanal, que se conquista contando com o dom de Deus", clamou.

O papa argentino também pediu "o fim da violência na Síria e a garantia do acesso à ajuda humanitária".

"Muitas (vidas) foram destruídas nos últimos tempos pelo conflito na Síria, gerando ódio e vinganças", reconheceu o pontífice, que dedicou em setembro um dia mundial de oração quando um ataque americano a este país parecia iminente.

Francisco implorou também para que a paz reine em vários países da África, entre eles a República Centro-Africana, "frequentemente esquecida pelos homens", e o Sudão do Sul, onde as tensões "ameaçam a convivência pacífica" deste jovem Estado.

O papa jesuíta pediu negociações entre israelenses e palestinos e que "sejam curadas as feridas do Iraque, atingido por frequentes atentados".

Desabrigados, refugiados, imigrantes

O chefe da Igreja católica lembrou os deslocados e refugiados, especialmente no Chifre da África e no Congo, e condenou com firmeza o tráfico de seres humanos, que classificou de crime contra a humanidade.


"Menino de Belém, toca o coração de todos os que estão envolvidos no tráfico de seres humanos, para que percebam a gravidade deste crime contra a humanidade", afirmou o pontífice latino-americano, que mencionou a tragédia na ilha siciliana de Lampedusa, onde quase 400 imigrantes ilegais se afogaram no início de outubro.

"Que não observemos novamente tragédias como as que vimos neste ano com muitos mortos em Lampedusa, que não ocorram nunca mais", rogou o Papa argentino, filho de imigrantes italianos, cuja primeira visita oficial na Itália foi justamente a esta ilha italiana para dar alívio aos ilegais.

Em sua mensagem, pronunciada em italiano, lembrou as vítimas das catástrofes naturais e o "querido povo filipino", atingido pelo tufão Haiyan.

Dirigindo-se aos católicos, mas também aos não crentes, o papa pediu para que pensem "nas crianças, que são as vítimas mais vulneráveis das guerras, mas também nos idosos, nas mulheres maltratadas, nos doentes. As guerras destroem tantas vidas e causam tanto sofrimento", comentou.

Apesar do tempo cinza, milhares de romanos e turistas receberam na Praça de São Pedro de Roma a bênção papal "Urbi et Orbi".

O toque de cor foi dado pelos peregrinos latino-americanos, assim como pelos guardas suíços, com seus trajes coloridos.

Previamente, na noite de terça-feira, Francisco celebrou na Basílica de São Pedro a tradicional Missa do Galo, que acabou por volta das 23h00 locais (20h00 de Brasília).

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