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Papa aprova reformas para manter banco do Vaticano

Ação encerra especulações sobre o possível fechamento da instituição que tem provocado constrangimento à Igreja durante décadas

Fachada do Banco do Vaticano: banco se envolveu em polêmicas devido a episódios de negligência por parte de pessoas com contas no banco e negócios obscuros com instituições financeiras italianas (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2014 às 12h26.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco aprovou uma proposta de reformas para manter ativo o banco do Vaticano, encerrando as especulações sobre o possível fechamento da instituição que tem provocado constrangimento à Igreja durante décadas.

Com o propósito declarado de gerir os fundos para ordens católicas de freiras e padres, instituições de caridade e funcionários do Vaticano, o banco se envolveu em polêmicas devido a episódios de negligência por parte de pessoas com contas no banco e negócios obscuros com instituições financeiras italianas.

"O IOR continuará a servir com prudência e a prestar serviços financeiros especializados para a Igreja Católica em todo o mundo", disse o Vaticano nesta segunda-feira, em um comunicado anunciando que o papa Francisco aprovou as recomendações para o futuro do banco, cujo nome oficial é Instituto para as Obras de Religião (IOR).

O monsenhor Nunzio Scarano, um ex-contador sênior do Vaticano que tinha laços estreitos com o IOR, está atualmente sendo julgado sob acusação de conspirar para contrabandear milhões de dólares da Suíça para a Itália, como parte de um esquema para ajudar amigos ricos a evitar impostos.

Scarano também foi indiciado em acusações separadas pela lavagem de milhões de euros através do IOR. Paolo Cipriani e Massimo Tulli, diretor e vice-diretor do IOR, que renunciaram em julho passado após a prisão de Scarano, vão ser julgados por acusações de violar normas contra a lavagem de dinheiro.

Um dos mais famosos escândalos do IOR foi em 1982, por seu envolvimento na falência fraudulenta do Banco Ambrosiano, da Itália, cujo presidente Roberto Calvi foi encontrado enforcado debaixo de uma ponte em Londres.


No ano passado, o IOR recebeu elogios dos magistrados italianos por cooperar com as investigações sobre Scarano e tem passado por uma transformação enorme sob o presidente Ernst von Freyberg, uma das últimas pessoas indicadas pelo papa Bento 16.

O IOR, cujas origens remontam a 1887, declarou que a decisão do papa de manter o banco em operação representa um "endosso muito poderoso à nossa missão e trabalho árduo realizado ao longo dos últimos 12 meses." As propostas de reforma do banco foram formuladas por várias comissões e pelo departamento conhecido como Secretariado para a Economia, segundo o qual, "o plano para garantir que o IOR cumpra sua missão como parte das novas estruturas financeiras da Santa Sé" será elaborado para avaliação final do papa, que salientou que o banco deve ser transparente.

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Cidade do Vaticano - O papa Francisco aprovou uma proposta de reformas para manter ativo o banco do Vaticano, encerrando as especulações sobre o possível fechamento da instituição que tem provocado constrangimento à Igreja durante décadas.

Com o propósito declarado de gerir os fundos para ordens católicas de freiras e padres, instituições de caridade e funcionários do Vaticano, o banco se envolveu em polêmicas devido a episódios de negligência por parte de pessoas com contas no banco e negócios obscuros com instituições financeiras italianas.

"O IOR continuará a servir com prudência e a prestar serviços financeiros especializados para a Igreja Católica em todo o mundo", disse o Vaticano nesta segunda-feira, em um comunicado anunciando que o papa Francisco aprovou as recomendações para o futuro do banco, cujo nome oficial é Instituto para as Obras de Religião (IOR).

O monsenhor Nunzio Scarano, um ex-contador sênior do Vaticano que tinha laços estreitos com o IOR, está atualmente sendo julgado sob acusação de conspirar para contrabandear milhões de dólares da Suíça para a Itália, como parte de um esquema para ajudar amigos ricos a evitar impostos.

Scarano também foi indiciado em acusações separadas pela lavagem de milhões de euros através do IOR. Paolo Cipriani e Massimo Tulli, diretor e vice-diretor do IOR, que renunciaram em julho passado após a prisão de Scarano, vão ser julgados por acusações de violar normas contra a lavagem de dinheiro.

Um dos mais famosos escândalos do IOR foi em 1982, por seu envolvimento na falência fraudulenta do Banco Ambrosiano, da Itália, cujo presidente Roberto Calvi foi encontrado enforcado debaixo de uma ponte em Londres.


No ano passado, o IOR recebeu elogios dos magistrados italianos por cooperar com as investigações sobre Scarano e tem passado por uma transformação enorme sob o presidente Ernst von Freyberg, uma das últimas pessoas indicadas pelo papa Bento 16.

O IOR, cujas origens remontam a 1887, declarou que a decisão do papa de manter o banco em operação representa um "endosso muito poderoso à nossa missão e trabalho árduo realizado ao longo dos últimos 12 meses." As propostas de reforma do banco foram formuladas por várias comissões e pelo departamento conhecido como Secretariado para a Economia, segundo o qual, "o plano para garantir que o IOR cumpra sua missão como parte das novas estruturas financeiras da Santa Sé" será elaborado para avaliação final do papa, que salientou que o banco deve ser transparente.

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