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Panamá exige da Venezuela pagamento de mais de US$ 1 bi

Ricardo Martinelli, presidente panamenho, suspeita que a atual crise diplomática com Caracas é uma desculpa para o país de Maduro não pagar as dívidas

Protesto de opositores venezuelanos: "A única coisa que o Panamá deseja é buscar paz e harmonia para que exista o diálogo entre nossos irmãos venezuelanos", disse chanceler panamenho (AFP)
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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2014 às 17h36.

O governo venezuelano de Nicolás Maduro deve pagar ao Panamá mais de um bilhão de dólares em dívidas , alertou nesta sexta-feira o presidente panamenho, Ricardo Martinelli, que suspeita que a atual crise diplomática com Caracas é uma desculpa para não pagar.

"A Venezuela parece estar na bancarrota, apesar que não deveria estar porque é um país muito rico", afirmou Martinelli a jornalistas durante um ato público, acrescentando que não há desculpas para não cumprir com essas dívidas.

"Não gostaria de pensar que isso (a ruptura das relações diplomáticas anunciada por Maduro) seja uma desculpa para não pagar e que o Estado venezuelano seja mau pagador", disse ainda.

O presidente afirmou ainda que não vai responder a Maduro, a quem classificou de "imaturo", pela "linguagem suja e vulgar" que usou para atacar o Panamá.

"A única coisa que o Panamá deseja é buscar a paz e a harmonia para que exista o diálogo entre nossos irmãos venezuelanos", assegurou ainda.

Mais cedo, o governo do Panamá negou ser lacaio dos Estados Unidos, como afirmou Caracas, por ter apresentado na Organização dos Estados Americanos (OEA) uma proposta de diálogo para superar a crise venezuelana, segundo o chanceler panamenho, Francisco Álvarez De Soto.

"Rejeitamos categoricamente que nos acuse de ser lacaios de alguém. Nós não agimos por pressão de ninguém, nem por instruções de ninguém", afirmou Álvarez em uma entrevista ao canal TV.

"O Panamá jamais pretendeu interferir nos assuntos internos da Venezuela. Pelo contrário, quisemos apresentar uma proposta para o diálogo e a paz", afirmou o chanceler.

"A proposta do Panamá está sobre a mesa", declarou Álvarez de Soto, acrescentando que seu país está interessado em manter as relações diplomáticas com a Venezuela.

"O Panamá tem o maior dos desejos de manter relações fluidas com a Venezuela, na medida em que existo respeito e o discurso à altura, sem o emprego de vocabulários impróprios das relações diplomáticas", disse o chanceler.

Suas declarações ocorrem um dia após a Venezuela ordenar a expulsão de quatro diplomatas panamenhos acreditados na Venezuela, entre eles o embaixador Pedro Pereira, a quem deu 48 horas para que deixasse o país.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, rompeu na semana passada relações diplomáticas e comerciais com o Panamá, ao considerar que seu governo atua na OEA como lacaio dos Estados Unidos para promover uma intervenção estrangeira que derrube seu governo.

A ira de Maduro foi desencadeada após a proposta panamenha de convocar o Conselho Permanente da OEA com o objetivo de realizar uma reunião de chanceleres da região para buscar uma saída à crise na Venezuela, causada por protestos antigovernamentais que já deixaram 20 mortos.

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O governo venezuelano de Nicolás Maduro deve pagar ao Panamá mais de um bilhão de dólares em dívidas , alertou nesta sexta-feira o presidente panamenho, Ricardo Martinelli, que suspeita que a atual crise diplomática com Caracas é uma desculpa para não pagar.

"A Venezuela parece estar na bancarrota, apesar que não deveria estar porque é um país muito rico", afirmou Martinelli a jornalistas durante um ato público, acrescentando que não há desculpas para não cumprir com essas dívidas.

"Não gostaria de pensar que isso (a ruptura das relações diplomáticas anunciada por Maduro) seja uma desculpa para não pagar e que o Estado venezuelano seja mau pagador", disse ainda.

O presidente afirmou ainda que não vai responder a Maduro, a quem classificou de "imaturo", pela "linguagem suja e vulgar" que usou para atacar o Panamá.

"A única coisa que o Panamá deseja é buscar a paz e a harmonia para que exista o diálogo entre nossos irmãos venezuelanos", assegurou ainda.

Mais cedo, o governo do Panamá negou ser lacaio dos Estados Unidos, como afirmou Caracas, por ter apresentado na Organização dos Estados Americanos (OEA) uma proposta de diálogo para superar a crise venezuelana, segundo o chanceler panamenho, Francisco Álvarez De Soto.

"Rejeitamos categoricamente que nos acuse de ser lacaios de alguém. Nós não agimos por pressão de ninguém, nem por instruções de ninguém", afirmou Álvarez em uma entrevista ao canal TV.

"O Panamá jamais pretendeu interferir nos assuntos internos da Venezuela. Pelo contrário, quisemos apresentar uma proposta para o diálogo e a paz", afirmou o chanceler.

"A proposta do Panamá está sobre a mesa", declarou Álvarez de Soto, acrescentando que seu país está interessado em manter as relações diplomáticas com a Venezuela.

"O Panamá tem o maior dos desejos de manter relações fluidas com a Venezuela, na medida em que existo respeito e o discurso à altura, sem o emprego de vocabulários impróprios das relações diplomáticas", disse o chanceler.

Suas declarações ocorrem um dia após a Venezuela ordenar a expulsão de quatro diplomatas panamenhos acreditados na Venezuela, entre eles o embaixador Pedro Pereira, a quem deu 48 horas para que deixasse o país.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, rompeu na semana passada relações diplomáticas e comerciais com o Panamá, ao considerar que seu governo atua na OEA como lacaio dos Estados Unidos para promover uma intervenção estrangeira que derrube seu governo.

A ira de Maduro foi desencadeada após a proposta panamenha de convocar o Conselho Permanente da OEA com o objetivo de realizar uma reunião de chanceleres da região para buscar uma saída à crise na Venezuela, causada por protestos antigovernamentais que já deixaram 20 mortos.

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