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Palestinos pedem que palavras de Obama sejam ações

"Os acontecimentos vão dizer qual compromisso o presidente Obama assumiu a favor do Estado palestino", declarou um porta-voz da Organização para a Libertação da Palestina

Obama é recebido por Abbas em Ramallah: A "Organização para a Libertação da Palestina" também avaliou positivamente que Obama mencionou a questão da "dignidade e dos direitos dos palestinos". (Saul Loeb/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de março de 2013 às 17h01.

Jerusalém - Os palestinos agradeceram o discurso do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , diante de centenas de estudantes israelenses nesta quinta-feira em Jerusalém, no qual pediu a Israel o fim das ocupações, entretanto, pediram que suas palavras se transformem em ações.

"Os acontecimentos vão dizer qual compromisso o presidente Obama assumiu a favor do Estado palestino", declarou à Agência Efe Xavier Abu Eid, um porta-voz da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

O porta-voz afirmou que "é importante levar em conta que Obama teve quatro anos para implementar essa visão e, nesse período, foram adicionados 50 mil colonos judeus no território do Estado palestino".

A mensagem do presidente americano contra a ocupação "foi muito clara", disse Abu Eid.

Hussam Zulud, vice-comissário de Relações Exteriores do partido Fatah, afirmou que não gostou da primeira parte do discurso, ao entender que "é preocupante ouvir o presidente dos Estados Unidos louvando o sionismo, afirmando que Israel é uma democracia cheia de valores, quando não é".

Segundo Zulud, "é injusto equiparar o sistema político dos EUA com o de Israel, porque os EUA não discriminam os cidadãos com base na sua cor, religião ou raça, e Israel sim, o faz contra os palestinos em seu solo e, além disso, mantém um apartheid com os palestinos nos territórios ocupados".


No entanto, a segunda parte do discurso o agradou, "quando Obama falou da necessidade de acabar com a ocupação para uma audiência israelense. Além disso, o fato de os israelenses aplaudirem é um bom sinal e mostra que o problema não é o povo israelense, mas sua liderança".

"Por isso Obama disse muito claramente para que o povo de Israel pressione seus líderes" para pôr um fim à ocupação.

Zulud também avaliou positivamente que Obama mencionou a questão da "dignidade e dos direitos dos palestinos", além de condenar a falta de punição contra a violência dos colonos.

Assim como o porta-voz da OLP, o membro do Fatah ressaltou que o discurso "são palavras e aqui necessitamos de trabalho, de ações reais".

"Obama vai embora amanhã, após visitar a cidade santa de Belém e nos deixará para trás com um governo israelense extremista, que promete continuar com a ocupação, e nos deixa para trás com o muro, com os postos militares de controle, com a discriminação, e com uma situação que esta se deteriorando", concluiu Zulud.

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Jerusalém - Os palestinos agradeceram o discurso do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , diante de centenas de estudantes israelenses nesta quinta-feira em Jerusalém, no qual pediu a Israel o fim das ocupações, entretanto, pediram que suas palavras se transformem em ações.

"Os acontecimentos vão dizer qual compromisso o presidente Obama assumiu a favor do Estado palestino", declarou à Agência Efe Xavier Abu Eid, um porta-voz da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

O porta-voz afirmou que "é importante levar em conta que Obama teve quatro anos para implementar essa visão e, nesse período, foram adicionados 50 mil colonos judeus no território do Estado palestino".

A mensagem do presidente americano contra a ocupação "foi muito clara", disse Abu Eid.

Hussam Zulud, vice-comissário de Relações Exteriores do partido Fatah, afirmou que não gostou da primeira parte do discurso, ao entender que "é preocupante ouvir o presidente dos Estados Unidos louvando o sionismo, afirmando que Israel é uma democracia cheia de valores, quando não é".

Segundo Zulud, "é injusto equiparar o sistema político dos EUA com o de Israel, porque os EUA não discriminam os cidadãos com base na sua cor, religião ou raça, e Israel sim, o faz contra os palestinos em seu solo e, além disso, mantém um apartheid com os palestinos nos territórios ocupados".


No entanto, a segunda parte do discurso o agradou, "quando Obama falou da necessidade de acabar com a ocupação para uma audiência israelense. Além disso, o fato de os israelenses aplaudirem é um bom sinal e mostra que o problema não é o povo israelense, mas sua liderança".

"Por isso Obama disse muito claramente para que o povo de Israel pressione seus líderes" para pôr um fim à ocupação.

Zulud também avaliou positivamente que Obama mencionou a questão da "dignidade e dos direitos dos palestinos", além de condenar a falta de punição contra a violência dos colonos.

Assim como o porta-voz da OLP, o membro do Fatah ressaltou que o discurso "são palavras e aqui necessitamos de trabalho, de ações reais".

"Obama vai embora amanhã, após visitar a cidade santa de Belém e nos deixará para trás com um governo israelense extremista, que promete continuar com a ocupação, e nos deixa para trás com o muro, com os postos militares de controle, com a discriminação, e com uma situação que esta se deteriorando", concluiu Zulud.

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