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Palestinos denunciam para Kerry novas ordens de demolição

Secretário de Estado americano, John Kerry foi informado sobre as ordens de demolição expedidas pelas autoridades israelenses que afetam Jerusalém Oriental

John Kerry, secretário de Estado americano: centenas de famílias estão ameaçadas por ordens de demolição (Mohamad Torokman/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2013 às 09h47.

Jerusalém - O secretário de Estado americano, John Kerry , foi informado sobre as últimas ordens de demolição expedidas pelas autoridades israelenses que afetam Jerusalém Oriental, disse nesta quinta-feira à Agência Efe o porta-voz da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) Ashraf Khatib.

Centenas de famílias que residem nos bairros de Ras Hamis e Ras Shahaba, situados além do muro de separação isralense, estão ameaçadas por ordens de demolição e mais de 15 mil palestinos poderiam ficar sem nada.

A prefeitura de Jerusalém considera que os 11 imóveis - alguns deles de até 10 andares - foram construídos de forma ilegal e um tribunal de Assuntos Locais de Jerusalém deu aos proprietários 30 dias para apelar. Caso contrário, será aceita a solicitação da prefeitura para derrubar os edifícios.

"Nós entregamos ao secretário de Estado um documento no qual informávamos sobre essas ordens, assim como também sobre os últimos projetos de construção de assentamentos anunciados por Israel", disse Khatib.

O porta-voz disse que Kerry recebeu o documento durante sua visita ontem a Belém, onde se reuniu com o presidente palestino, Mahmoud Abbas.

"Também nos dirigimos a outras partes, como a União Europeia e outros atores internacionais para informar sobre a situação", acrescentou o porta-voz palestino.


Os palestinos aspiram estabelecer a capital de um estado independente na parte leste de Jerusalém, ocupada por Israel em 1967.

Jamil Sanduqa, que lidera o comitê local de desenvolvimento do bairro de Ras Khamis, um dos afetados pelas ordens, disse que mais de 15 mil palestinos residem atualmente nos edifícios ameaçados pela derrubada, informa hoje a agência palestina ""Ma"an"".

Os bairros, adjacentes ao campo de refugiados de Shuafat, estão incluídos no limite municipal de Jerusalém.

No entanto, não têm continuidade com Jerusalém porque os blocos de concreto de oito metros que conformam a barreira os separam da urbe desde que foi levantada em 2006.

Um porta-voz da Prefeitura de Jerusalém disse que as ordens de demolição se baseiam inteiramente em procedimentos legais e pede que os proprietários "regulem essas questões", segundo o jornal "The Jerusalem Post".

Residentes do bairro de Siluan, em Jerusalém Oriental e junto à Cidade Antiga de Jerusalém, asseguram que também receberam ordens de demolição na semana passada, informou o diário ""Ha"aretz"".

O jornal precisa que o número de ordens de demolição decretados pela Prefeitura tinha se reduzido consideravelmente nos últimos meses devido às pressões da comunidade internacional para que Israel detivesse essa política.

As últimas rodadas foram iniciadas no mesmo dia em que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou seguir adiante com planos de expansão em colônias judias, em uma tentativa de compensação pela recente libertação de presos palestinos.

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Jerusalém - O secretário de Estado americano, John Kerry , foi informado sobre as últimas ordens de demolição expedidas pelas autoridades israelenses que afetam Jerusalém Oriental, disse nesta quinta-feira à Agência Efe o porta-voz da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) Ashraf Khatib.

Centenas de famílias que residem nos bairros de Ras Hamis e Ras Shahaba, situados além do muro de separação isralense, estão ameaçadas por ordens de demolição e mais de 15 mil palestinos poderiam ficar sem nada.

A prefeitura de Jerusalém considera que os 11 imóveis - alguns deles de até 10 andares - foram construídos de forma ilegal e um tribunal de Assuntos Locais de Jerusalém deu aos proprietários 30 dias para apelar. Caso contrário, será aceita a solicitação da prefeitura para derrubar os edifícios.

"Nós entregamos ao secretário de Estado um documento no qual informávamos sobre essas ordens, assim como também sobre os últimos projetos de construção de assentamentos anunciados por Israel", disse Khatib.

O porta-voz disse que Kerry recebeu o documento durante sua visita ontem a Belém, onde se reuniu com o presidente palestino, Mahmoud Abbas.

"Também nos dirigimos a outras partes, como a União Europeia e outros atores internacionais para informar sobre a situação", acrescentou o porta-voz palestino.


Os palestinos aspiram estabelecer a capital de um estado independente na parte leste de Jerusalém, ocupada por Israel em 1967.

Jamil Sanduqa, que lidera o comitê local de desenvolvimento do bairro de Ras Khamis, um dos afetados pelas ordens, disse que mais de 15 mil palestinos residem atualmente nos edifícios ameaçados pela derrubada, informa hoje a agência palestina ""Ma"an"".

Os bairros, adjacentes ao campo de refugiados de Shuafat, estão incluídos no limite municipal de Jerusalém.

No entanto, não têm continuidade com Jerusalém porque os blocos de concreto de oito metros que conformam a barreira os separam da urbe desde que foi levantada em 2006.

Um porta-voz da Prefeitura de Jerusalém disse que as ordens de demolição se baseiam inteiramente em procedimentos legais e pede que os proprietários "regulem essas questões", segundo o jornal "The Jerusalem Post".

Residentes do bairro de Siluan, em Jerusalém Oriental e junto à Cidade Antiga de Jerusalém, asseguram que também receberam ordens de demolição na semana passada, informou o diário ""Ha"aretz"".

O jornal precisa que o número de ordens de demolição decretados pela Prefeitura tinha se reduzido consideravelmente nos últimos meses devido às pressões da comunidade internacional para que Israel detivesse essa política.

As últimas rodadas foram iniciadas no mesmo dia em que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou seguir adiante com planos de expansão em colônias judias, em uma tentativa de compensação pela recente libertação de presos palestinos.

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