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Países "fazem fila" para negociar com Reino Unido, diz Johnson

Segundo ele, país não está autorizado a negociar até que deixe a UE, mas "isto não significa que não seja permitido iniciar a análise de algumas ideias"

Boris Johnson: segundo o ministro, seu país "seguirá compartilhando os valores europeus" (Leon Neal/Pool/Reuters)
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EFE

Publicado em 18 de janeiro de 2017 às 09h24.

Londres - O ministro das Relações Exteriores britânico, Boris Johnson, disse nesta quarta-feira que outros países de fora da União Europeia (UE) "fazem fila" para chegar a algum acordo comercial com o Reino Unido depois do " Brexit ".

A primeira-ministra britânica, a conservadora Theresa May, confirmou ontem em discurso em Londres que seu país pretende sair do mercado único europeu para não estar sujeito à legislação comunitária e poder controlar a imigração.

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Johnson escreveu em um artigo publicado nesta quarta-feira no jornal "The Daily Telegraph" que o Reino Unido "não será mais parte da política comercial comum ou estará sujeito à tarifa externa comum", e já não terá sua "política comercial administrada pela Comissão Europeia".

"Isto significa, fundamentalmente, que vamos poder fazer novos acordos comerciais no mundo todo. Já estão fazendo fila", ressaltou o titular da diplomacia britânica, um dos principais defensores da saída do Reino Unido da UE.

O ministro indicou que, em virtude das regras comunitárias, o Reino Unido não está formalmente autorizado a negociar novos tratados comerciais até que deixe a UE, mas insistiu que isto não significa que não seja permitido iniciar a análise de algumas ideias.

Além disso, Johnson comentou que seu país "seguirá compartilhando os valores europeus" e que "continuará recebendo um grande número de turistas da UE", e também ressaltou que Londres não está "fechando" a porta para os imigrantes.

Theresa May indicou que ativará o artigo 50 do Tratado de Lisboa, que trata da saída de um país comunitário do bloco europeu, antes do fim de março, por isso o Reino Unido poderia estar fora do bloco no segundo trimestre de 2019.

A chefe de governo explicou suas prioridades de negociação com Bruxelas, mas não deu detalhes sobre como controlará o número de imigrantes assim que o país deixar a UE.

May disse que buscará negociar um acordo comercial "o mais amplo possível" com a UE, para o benefício de ambas as partes.

Os britânicos votaram a favor da saída da União Europeia ("Brexit") em um referendo realizado em 23 de junho do ano passado.

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