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Pai volta atrás e nega que filho seja jihadista de vídeo

Pai que havia sugerido que filho de 20 anos poderia estar entre jihadistas que aparecem em vídeo de decapitação voltou atrás


	Imagem de Abu Muthanna al-Yemeni (C), supostamente Nasser Muthana, jovem de 20 anos que está no Estado Islâmico
 (Al Hayat Media Centre/AFP)

Imagem de Abu Muthanna al-Yemeni (C), supostamente Nasser Muthana, jovem de 20 anos que está no Estado Islâmico (Al Hayat Media Centre/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2014 às 13h53.

Londres - O pai que havia sugerido que seu filho britânico de 20 anos poderia figurar entre os jihadistas que aparecem no vídeo da decapitação do americano Peter Kassig voltou atrás e afirmou à BBC que não se trata dele.

Ahmed Muthana, de 57 anos, havia declarado ao jornal The Daily Mail que um dos jihadistas do vídeo da execução de Kassig e de 18 homens parecia ser seu filho, Nasser.

Contatado pela BBC, Muthana indicou, no entanto, que não era seu filho. "Não parece com ele, há muitas diferenças. Este tem um nariz maior, e meu filho tem um nariz chato", afirmou, vendo o vídeo.

Falando anteriormente ao britânico Daily Mail, o pai deu declarações diferentes.

"Não tenho certeza, mas parece ser meu filho", declarou Ahmed Muthana, 57 anos.

O britânico em questão seria Nasser Muthana, um estudante de medicina originário de Cardiff (Grã-Bretanha). O jornal britânico publicou fotos capturadas do vídeo mostrando seu rosto.

"Ele deve agora viver com medo de Deus por ter matado", afirmou o pai ao jornal. Indagado pelo jornal se estaria disposto a perdoar o filho pelo que fez, ele foi taxativo: "Não. Ou ele está louco ou há algo de errado".

O Daily Mail também cita Charlie Winter, um especialista do centro de pesquisas Quilliam, que confirma que o rapaz do vídeo se parece com Nasser Muthana.

Muthana teria ido para a Síria, onde se encontrou com seu irmão mais novo, Aseel, de 17 anos, segundo a BBC.

"Estou pronto para morrer", teria dito Aseel em uma entrevista oline com a rádio inglesa. Ele acrescentou que não se importava com o que a família e os amigos pensavam dele.

Também nesta segunda-feira, o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, declarou que há uma forte probabilidade de que um cidadão francês tenha participado diretamente na decapitação dos prisioneiros sírios.

"Pode tratar-se de Maxime Hauchard, nascido em 1992, no noroeste da França, e que partiu para a Síria em agosto de 2013, depois de uma estada na Mauritânia, em 2012", indicou o ministro, baseando-se numa análise do vídeo.

A gravação foi divulgada no domingo. O EI reivindica a execução de Peter Kassig, sequestrado em 2013 na Síria, e de 18 soldados do exército nacional sírio.

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