Exame Logo

Otan intercepta avião russo perto de seu espaço aéreo

Otan confirmou que interceptou um avião russo que não informou plano de voo nas proximidades do espaço aéreo aliado

Parede da Otan: em nenhum momento a aeronave russa violou o espaço aéreo aliado, diz a Otan (©AFP / Jean-Christophe Verhaegen)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2014 às 13h00.

Bruxelas - A Otan confirmou nesta sexta-feira que interceptou um avião russo que não informou sobre seu plano de voo nas proximidades do espaço aéreo aliado sobre o Mar Báltico, um procedimento habitual quando uma aeronave não se identifica ou não avisa de seu percurso.

"Na quarta-feira pela noite, dois F-16 interceptaram um avião russo Ilyushin sobre águas internacionais e o guiaram até entrar no espaço aéreo (russo) de Kaliningrado", confirmaram à Agência Efe fontes do quartel-general militar da Otan (Shape), em Mons, na Bélgica.

Conforme explicaram, a aeronave russa estava "sob controle de tráfego", mas não tinha enviado plano de voo, por isso foi interceptada pelos dois caças holandeses.

"Em nenhum momento a aeronave russa violou o espaço aéreo aliado, que se estende a 12 milhas náuticas (22.224 km) a partir da terra", esclareceram.

Ainda conforme as fontes, quando um avião se aproxima do espaço aéreo da Otan, caças são lançados para interceptar, identificar e escoltar, sendo "um procedimento padrão".

Além disso, houve um aumento no número de aviões russos que se aproximam ao espaço aéreo da Otan desde o início da crise na Ucrânia.

A Otan já realizou mais de 100 intercepções em 2014, "aproximadamente três vezes mais do que em 2013". Desse total, a grande maioria ocorreu em espaço aéreo internacional sobre o Mar Báltico, no corredor aéreo entre Kaliningrado e o território da Rússia.

Na opinião da Aliança Atlântica, estes voos representam, além disso, um "risco potencial para a aviação civil, dado que os militares russos não costumam informar seus planos de voo nem utilizam transponders a bordo".

"Isto significa que o controle do tráfego aéreo não pode detectar estas aeronaves nem garantir que não haja interferência com o tráfego aéreo civil", concluíram as fontes.

A ministra da Justiça neerlandesa, Jeanine Hennis, afirmou hoje para diversos meios de comunicação de seu país em referência a este incidente aéreo que a Rússia "está atuando cada vez mais de forma taxativa e agressiva".

A Holanda tem, atualmente, cinco F-16 estacionados na Polônia desde setembro que participam da ronda habitual da Otan de vigilância do Báltico.

Para a emissora pública "NOS", Jeanine disse que Putin "está mostrando a superioridade econômica, política e militar da Rússia" em sua "atuação desestabilizadora no leste da Ucrânia".

"Não acho que estejamos ameaçados em nível territorial, mas é irritante e desnecessário", acrescentou ela sobre o voo russo interceptado.

A Organização sobre a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) alertou que nos últimos dias aumentou o número de veículos, equipes militares e tropas sem identificação que entram no leste da Ucrânia, controlado por separatistas pró-Rússia, procedentes da vizinha Rússia.

Por sua vez, o comandante supremo da Otan na Europa, o general americano Philip Breedlove, garantiu nesta quarta-feira durante uma visita a Bulgária que os aliados detectaram maior presença na zona de conflito na Ucrânia de tropas, tanques, peças de artilharia e sistemas de defesa antiaéreo russos.

Veja também

Bruxelas - A Otan confirmou nesta sexta-feira que interceptou um avião russo que não informou sobre seu plano de voo nas proximidades do espaço aéreo aliado sobre o Mar Báltico, um procedimento habitual quando uma aeronave não se identifica ou não avisa de seu percurso.

"Na quarta-feira pela noite, dois F-16 interceptaram um avião russo Ilyushin sobre águas internacionais e o guiaram até entrar no espaço aéreo (russo) de Kaliningrado", confirmaram à Agência Efe fontes do quartel-general militar da Otan (Shape), em Mons, na Bélgica.

Conforme explicaram, a aeronave russa estava "sob controle de tráfego", mas não tinha enviado plano de voo, por isso foi interceptada pelos dois caças holandeses.

"Em nenhum momento a aeronave russa violou o espaço aéreo aliado, que se estende a 12 milhas náuticas (22.224 km) a partir da terra", esclareceram.

Ainda conforme as fontes, quando um avião se aproxima do espaço aéreo da Otan, caças são lançados para interceptar, identificar e escoltar, sendo "um procedimento padrão".

Além disso, houve um aumento no número de aviões russos que se aproximam ao espaço aéreo da Otan desde o início da crise na Ucrânia.

A Otan já realizou mais de 100 intercepções em 2014, "aproximadamente três vezes mais do que em 2013". Desse total, a grande maioria ocorreu em espaço aéreo internacional sobre o Mar Báltico, no corredor aéreo entre Kaliningrado e o território da Rússia.

Na opinião da Aliança Atlântica, estes voos representam, além disso, um "risco potencial para a aviação civil, dado que os militares russos não costumam informar seus planos de voo nem utilizam transponders a bordo".

"Isto significa que o controle do tráfego aéreo não pode detectar estas aeronaves nem garantir que não haja interferência com o tráfego aéreo civil", concluíram as fontes.

A ministra da Justiça neerlandesa, Jeanine Hennis, afirmou hoje para diversos meios de comunicação de seu país em referência a este incidente aéreo que a Rússia "está atuando cada vez mais de forma taxativa e agressiva".

A Holanda tem, atualmente, cinco F-16 estacionados na Polônia desde setembro que participam da ronda habitual da Otan de vigilância do Báltico.

Para a emissora pública "NOS", Jeanine disse que Putin "está mostrando a superioridade econômica, política e militar da Rússia" em sua "atuação desestabilizadora no leste da Ucrânia".

"Não acho que estejamos ameaçados em nível territorial, mas é irritante e desnecessário", acrescentou ela sobre o voo russo interceptado.

A Organização sobre a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) alertou que nos últimos dias aumentou o número de veículos, equipes militares e tropas sem identificação que entram no leste da Ucrânia, controlado por separatistas pró-Rússia, procedentes da vizinha Rússia.

Por sua vez, o comandante supremo da Otan na Europa, o general americano Philip Breedlove, garantiu nesta quarta-feira durante uma visita a Bulgária que os aliados detectaram maior presença na zona de conflito na Ucrânia de tropas, tanques, peças de artilharia e sistemas de defesa antiaéreo russos.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaAviaçãoEuropaOtanRússiaSetor de transporte

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame