Otan afirma que uso de míssil experimental russo não vai dissuadir apoio à Ucrânia
O lançamento ocorreu na quinta-feira, 21; a princípio, a imprensa divulgou que se tratava de uma arma de longo alcance, mas a Rússia negou
Agência de Notícias
Publicado em 22 de novembro de 2024 às 08h09.
Última atualização em 22 de novembro de 2024 às 08h11.
A Otan afirmou nesta sexta-feira, 22, que o lançamento de um primeiro míssil balístico experimental de alcance intermediário por parte da Rússia em direção à Ucrânia não vai dissuadir os aliados no empenho de continuar apoiando Kiev.
“O lançamento não mudará o curso do conflito nem impedirá os aliados da Otan de apoiar a Ucrânia”, disse à Agência EFE a porta-voz da Aliança, Farah Dakhlallah.
A porta-voz disse que a Rússia lançou “um míssil balístico experimental de alcance intermediário contra a Ucrânia” na quinta-feira, o que, segundo ela, foi “mais um exemplo dos ataques da Rússia às cidades ucranianas”.
“A Rússia tem como objetivo aterrorizar a população civil da Ucrânia e intimidar aqueles que apoiam a Ucrânia em sua defesa contra a agressão ilegal e não provocada da Rússia”, concluiu.
O presidente russo, Vladimir Putin, confirmou na quinta-feira o ataque da Rússia à Ucrânia com um míssil balístico hipersônico não nuclear e disse que Moscou se reserva o direito de usar seu arsenal contra instalações militares em países que permitem que Kiev use seus mísseis para atacar o território russo.
Trata-se de um míssil de médio alcanceOreshnik, lançado contra uma instalação do complexo militar-industrial da Ucrânia, disse Putin em uma mensagem à nação transmitida pela televisão estatal.
A força aérea ucraniana havia relatado inicialmente um ataque na região de Dnipro com um míssil balístico intercontinental russo, o que não foi confirmado pela Rússia nem pelos Estados Unidos.
Putin afirmou que a Rússia usou essa arma em resposta ao uso pela Ucrânia de armas de longo alcance dos EUA e do Reino Unido contra alvos em território russo como parte de sua estratégia para se defender contra ataques russos.
Concretamente, os mísseis de longo alcance ATACMS, dos EUA, e Storm Shadow, do Reino Unido, foram direcionados contra a infraestrutura militar nas regiões fronteiriças de Bryansk e Kursk.
Putin, que nesta semana aprovou a nova doutrina nuclear da Rússia - que permite respostas com armas atômicas a ataques com armas convencionais - advertiu que o uso de armas ocidentais de longo alcance contra o território russo significaria que a Otan está envolvida em combate com a Rússia.