SESSIONS E TRUMP: o senador do Alabama foi indicado para o cargo de advogado-geral e é tudo que os opositores de Trump mais temem / Mark Wallheiser/Getty Images
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2017 às 05h41.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h30.
Os indicados de Donald Trump estão na linha de fogo a partir de hoje. Esta semana, nove dos nomes escolhidos pelo presidente eleito para os cargos mais altos do governo americano começam a ser ouvidos em audiências no Senado. Só hoje, o senador Jeff Sessions, indicado para o cargo de advogado-geral, e o general John Kelly, indicado como secretário de Segurança Interna, devem ser ouvidos pelos parlamentares. Na quarta-feira, outros cinco, incluindo o indicado a secretário de estado, Rex Tillerson, serão o alvo das sabatinas..
Os senadores democratas tentam atrasar ao máximo as audiências, para que sejam completas as checagens de antecedentes pelo FBI. Mesmo sendo minoria, eles não devem deixar passar a oportunidade de apertar uma gestão que se prepara para assumir composta principalmente de nomes sem experiência na administração pública. Desde a relação do governo com a Rússia, até os possíveis conflitos de interesse entre os negócios de Trump e da equipe com a gestão pública, devem ser pautas para as perguntas.
O primeiro a caminhar na prancha, Jeff Sessions, está se preparando desde domingo para enfrentar a comissão de justiça. Há 30 anos, a mesma comissão barrou sua nomeação para uma vaga de juiz federal, sob alegações de racismo. Sessions é um conservador com opiniões muito parecidas com as de Trump quando o assunto é imigração. Criado no interior do Alabama, estado que o elegeu, o apoio a Donald Trump foi o primeiro dado pelo republicano em quase duas décadas. Acabou recompensado.
Ele acredita que imigrantes estão levando bilhões em pagamentos de programas sociais, além de roubarem empregos de americanos. Já se posicionou contrário à separação de Estado e igreja e também afirmou que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é uma ameaça à cultura americana. É tudo que os opositores de Trump mais temiam de um governo que ainda nem começou.