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"Orlando Silva ofereceu acordo para me calar", diz policial

A afirmação foi feita em entrevista ao jornal Estado de São Paulo; policial afirma ainda ter gravações que comprovam corrupção

Orlando Silva, Ministro do Esporte (Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2011 às 11h53.

São Paulo - O policial João Dias Ferreira, pivô das denúncias recentes de corrupção contra o Ministro do Esporte, Orlando Silva, refutou os argumentos da defesa do integrante do governo. Ao contrário do que afirma Silva, os dois não teriam se encontrado apenas uma vez entre 2004 e 2005.

A afirmação foi feita pelo policial militar em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, divulgada na noite desta segunda-feira. Segundo Dias, o ministro propôs, pessoalmente em reunião em março de 2008 na sede do ministério, um acordo para que o esquema de corrupção na pasta envolvendo o Programa Segundo Tempo não fosse denunciado.

Dias acusa Orlando Silva de coordenar um esquema milionário de desvios em convênios com Organizações não-governamentais (ONGs). Para receber o valor a que tinham direito, as entidades precisavam pagar 20% do valor em questão a integrantes da pasta.

Segundo a entrevista do militar, o encontro teria sido na sala de reuniões do sétimo andar do Ministério. "O acordo era para que eles tomassem providências internas, limpassem meu nome e eu não denunciaria ao Ministério Público", afirmou.

Teria havido ainda um segundo encontro para tratar da maquiagem do esquema de corrupção, mas dessa vez sem a presença do Ministro. Esta ocasião teria sido gravada, e o áudio estaria em posse do policial, segundo seu depoimento.

O policial disse ainda que negociou com o ministro a produção de um documento falso para selar o acordo, já que o ministério cobrava cerca de R$ 3 milhões de suas entidades. "Nessa reunião com o Orlando, eles falaram em produzir um documento sem data. Ele foi pré produzido e consagrado. A reunião foi em março , mas eles colocaram um documento com data de dezembro de 2007 dizendo que eu encerrava o convênio. É um documento fraudado", afirmou.

Em entrevista coletiva na tarde desta segunda feira, Orlando Silva chamou João Dias de "caluniador" e afirmou que só o uma encontrou uma única vez. “Foi feita a apresentação de uma entidade que já funcionava na cidade satélite de Sobradinho", defendeu-se.

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São Paulo - O policial João Dias Ferreira, pivô das denúncias recentes de corrupção contra o Ministro do Esporte, Orlando Silva, refutou os argumentos da defesa do integrante do governo. Ao contrário do que afirma Silva, os dois não teriam se encontrado apenas uma vez entre 2004 e 2005.

A afirmação foi feita pelo policial militar em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, divulgada na noite desta segunda-feira. Segundo Dias, o ministro propôs, pessoalmente em reunião em março de 2008 na sede do ministério, um acordo para que o esquema de corrupção na pasta envolvendo o Programa Segundo Tempo não fosse denunciado.

Dias acusa Orlando Silva de coordenar um esquema milionário de desvios em convênios com Organizações não-governamentais (ONGs). Para receber o valor a que tinham direito, as entidades precisavam pagar 20% do valor em questão a integrantes da pasta.

Segundo a entrevista do militar, o encontro teria sido na sala de reuniões do sétimo andar do Ministério. "O acordo era para que eles tomassem providências internas, limpassem meu nome e eu não denunciaria ao Ministério Público", afirmou.

Teria havido ainda um segundo encontro para tratar da maquiagem do esquema de corrupção, mas dessa vez sem a presença do Ministro. Esta ocasião teria sido gravada, e o áudio estaria em posse do policial, segundo seu depoimento.

O policial disse ainda que negociou com o ministro a produção de um documento falso para selar o acordo, já que o ministério cobrava cerca de R$ 3 milhões de suas entidades. "Nessa reunião com o Orlando, eles falaram em produzir um documento sem data. Ele foi pré produzido e consagrado. A reunião foi em março , mas eles colocaram um documento com data de dezembro de 2007 dizendo que eu encerrava o convênio. É um documento fraudado", afirmou.

Em entrevista coletiva na tarde desta segunda feira, Orlando Silva chamou João Dias de "caluniador" e afirmou que só o uma encontrou uma única vez. “Foi feita a apresentação de uma entidade que já funcionava na cidade satélite de Sobradinho", defendeu-se.

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