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Organizações denunciam gravidade do conflito líbio após morte de jornalistas

Hetherington morreu nesta quarta na cidade líbia de Misrata em consequência de uma explosão de um morteiro,

Caças franceses em direção à Líbia: Sirte é a cidade natal de Muammar Kadafi (Alexander Klein/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2011 às 23h39.

Nova York - O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) denunciou nesta quarta-feira a extrema periculosidade que a cobertura do conflito da Líbia representa para jornalistas, fotógrafos e repórteres cinematográficos, em um país onde já morreram vários profissionais.

"Sentimo-nos profundamente impressionados e entristecidos pela morte de Tim Hetherington e enviamos nossas condolências a seus familiares e colegas. O conflito líbio está sendo extremamente perigoso para os jornalistas que o cobrem", disse o subdiretor do CPJ, Robert Mahoney, após saber da morte do britânico, que foi co-diretor do documentário "Restrepo".

Hetherington morreu nesta quarta na cidade líbia de Misrata em consequência de uma explosão de um morteiro, que também matou o americano Chris Hondros, além de ter ferido gravemente outros dois profissionais.

"Chris nunca se negou a cobrir os conflitos mais importantes do mundo ao longo de sua bela carreira, e seu trabalho na Líbia não foi uma exceção. Estamos tentando apoiar sua família e sua namorada diante dessa difícil notícia e estamos tramitando sua volta aos Estados Unidos", declarou a agência "Getty", para a qual Hondros trabalhava, em comunicado.

Os outros dois fotógrafos feridos são o britânico Guy Martin, que trabalhava para a agência "Panos", e Michael Brown, que prestava serviços para a "Corbis".

O CPJ, com sede em Nova York, lembrou nesta quarta-feira que outros dois jornalistas morreram no conflito líbio, um deles era Mohammed al Nabús, fundador do canal de televisão digital "Libya Al Hurra TV", que morreu em 19 de março em Benghazi, a outra cidade rebelde líbia.

O câmera de televisão da "Al Jazeera" Ali Hassan al-Jaber morreu seis dias antes, durante uma emboscada na mesma cidade do leste do país africano, e cenário de duros confrontos das milícias rebeldes com as forças ligadas a Muammar Kadafi.

Outra organização a lamentar a morte dos profissionais foi a Human Rights Watch (HRW), que pediu mais uma vez ao regime de Kadafi que detenha os ataques contra a população civil.

"A Human Rights Watch envia suas condolências aos amigos e familiares de ambos os jornalistas, que passaram suas vidas profissionais documentando os abusos contra os direitos humanos especialmente em conflitos armados", pronunciou-se a ONG em comunicado.

A HRW detalhou que um de seus fotógrafos identificou as vítimas no hospital Hikna, em Misrata, e lembrou que Hetherington trabalhava estreitamente com a organização.

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Nova York - O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) denunciou nesta quarta-feira a extrema periculosidade que a cobertura do conflito da Líbia representa para jornalistas, fotógrafos e repórteres cinematográficos, em um país onde já morreram vários profissionais.

"Sentimo-nos profundamente impressionados e entristecidos pela morte de Tim Hetherington e enviamos nossas condolências a seus familiares e colegas. O conflito líbio está sendo extremamente perigoso para os jornalistas que o cobrem", disse o subdiretor do CPJ, Robert Mahoney, após saber da morte do britânico, que foi co-diretor do documentário "Restrepo".

Hetherington morreu nesta quarta na cidade líbia de Misrata em consequência de uma explosão de um morteiro, que também matou o americano Chris Hondros, além de ter ferido gravemente outros dois profissionais.

"Chris nunca se negou a cobrir os conflitos mais importantes do mundo ao longo de sua bela carreira, e seu trabalho na Líbia não foi uma exceção. Estamos tentando apoiar sua família e sua namorada diante dessa difícil notícia e estamos tramitando sua volta aos Estados Unidos", declarou a agência "Getty", para a qual Hondros trabalhava, em comunicado.

Os outros dois fotógrafos feridos são o britânico Guy Martin, que trabalhava para a agência "Panos", e Michael Brown, que prestava serviços para a "Corbis".

O CPJ, com sede em Nova York, lembrou nesta quarta-feira que outros dois jornalistas morreram no conflito líbio, um deles era Mohammed al Nabús, fundador do canal de televisão digital "Libya Al Hurra TV", que morreu em 19 de março em Benghazi, a outra cidade rebelde líbia.

O câmera de televisão da "Al Jazeera" Ali Hassan al-Jaber morreu seis dias antes, durante uma emboscada na mesma cidade do leste do país africano, e cenário de duros confrontos das milícias rebeldes com as forças ligadas a Muammar Kadafi.

Outra organização a lamentar a morte dos profissionais foi a Human Rights Watch (HRW), que pediu mais uma vez ao regime de Kadafi que detenha os ataques contra a população civil.

"A Human Rights Watch envia suas condolências aos amigos e familiares de ambos os jornalistas, que passaram suas vidas profissionais documentando os abusos contra os direitos humanos especialmente em conflitos armados", pronunciou-se a ONG em comunicado.

A HRW detalhou que um de seus fotógrafos identificou as vítimas no hospital Hikna, em Misrata, e lembrou que Hetherington trabalhava estreitamente com a organização.

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