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Oposição venezuelana diz na Colômbia que Edmundo González será empossado hoje

Em Bogotá, líderes opositores afirmam que Edmundo González será empossado como presidente legítimo

Opositores afirmam que Edmundo González será empossado como presidente legítimo (Gabriela Oraa/AFP)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 10 de janeiro de 2025 às 15h18.

Última atualização em 10 de janeiro de 2025 às 15h31.

A plataforma opositora Comando com Venezuela declarou nesta sexta-feira, 10, em Bogotá, na Colômbia, que Edmundo González será empossado ainda hoje no território venezuelano, apesar de Nicolás Maduro ter assumido o cargo de presidente para um terceiro mandato consecutivo.

“Edmundo será empossado. Não podemos revelar as estratégias, estamos apenas esperando, mas ele será empossado na Venezuela, e sabemos que as cartas já estão na mesa, só não foram viradas ainda”, declarou à Agência EFE a coordenadora do Comando com Venezuela na Colômbia, Mariluz Palma.

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A plataforma convocou nesta sexta-feira uma manifestação na Praça de Bolívar, no centro de Bogotá, na Colômbia , para apoiar González, considerado por seus apoiadores o verdadeiro vencedor das eleições de 28 de julho de 2024.

Enquanto isso, Maduro foi empossado pelo Parlamento venezuelano, controlado por aliados chavistas, para o mandato de 2025-2031, apesar das acusações de fraude eleitoral feitas pela oposição.

Denúncias de violação da Constituição

Segundo Palma, porta-voz da plataforma liderada pela opositora María Corina Machado, a posse de Maduro representa uma violação da Constituição e da soberania popular. “Está violando o mandato de um povo que decidiu em 28 de julho que o presidente é Edmundo González Urrutia”, afirmou.

Palma reforçou que “é o povo da Venezuela que está tomando posse”. E concluiu: “Edmundo é o presidente, e continuaremos até que nosso presidente seja empossado hoje. Estamos esperando.”

Silêncio estratégico de María Corina

Espera-se que María Corina Machado se pronuncie ainda hoje. Até o momento, ela apenas postou uma mensagem nas redes sociais informando que está “em um lugar seguro”. A declaração veio após denúncias de que ela teria sido sequestrada – posteriormente descrito como “retenção” por sua equipe – durante um protesto em Caracas. Ela foi liberada ontem.

“Quando María Corina fica em silêncio, é porque tem sua carta pronta para botar na mesa. A única coisa que peço aos cidadãos é que mantenham a calma, a fé e a confiança em María Corina, porque ela sabe como está jogando seu xadrez”, destacou Palma.

A oposição venezuelana, reunida na Plataforma Unitária Democrática (PUD), denunciou nesta sexta-feira que Maduro consumou um “golpe de Estado” ao tomar posse para um terceiro mandato.

Veja as manifestações na Venezuela após eleição de Maduro

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