Oposição síria pede à ONU que detenha "massacre" de Aleppo
Comissão Suprema para as Negociações ressaltou que "Aleppo se transformou em uma zona catastrófica" que está ameaçada sofrer uma "catástrofe maior".
EFE
Publicado em 4 de dezembro de 2016 às 10h07.
Riad - A Comissão Suprema para as Negociações (CSN), principal aliança opositora síria, pediu neste domingo ao Conselho de Segurança da ONU e aos países "amigos da Síria ", que atuem "imediatamente para deter os bombardeios e os massacres perpetrados em várias zonas da síria e, especialmente, em Aleppo".
Após uma reunião realizada neste domingo em Riad, onde a Comissão tem sua sede permanente, a CSN também solicitou a estes países que encontrem uma maneira de fazer chegar ajuda humanitária à população dos bairros orientais de Aleppo assediados pelo regime sírio e seus aliados.
Neste sentido, a Comissão ressaltou que "Aleppo se transformou em uma zona catastrófica" que está ameaçada sofrer uma "catástrofe maior".
Na nota, acusou também as autoridades sírias de forçar o deslocamento em massa da população de Aleppo com o "objetivo de mudar a distribuição demográfica" do país.
Além disso, a CSN insistiu em seu compromisso com o começo de negociações para uma "transição política" e acusou o Irã de ter invadido Síria com a intenção de impor "seu projeto ideológico hostil contra toda a nação árabe".
Junto ao regime sírio combatem várias milícias e forças de segurança de diferentes países e organizações aliadas do presidente Bashar al-Assad, como o Exército russo, a Guarda Republicana iraniana, as milícias xiitas libanesas do Hezbollah e as milícias iraquianas xiitas Multidão Popular.
A divulgação do comunicado da principal aliança opositora coincide com o avanço das tropas do regime sírio em Aleppo, onde nas últimas semanas tomaram o controle de vários bairros que estavam dominados pelos rebeldes.