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Oposição síria não vê nada de novo em fala de Assad

A principal coalizão da oposição síria disse que discurso só confirma que o regime 'manterá a repressão ao povo e a destruição ao país'

Pelo menos 60 mil pessoas perderam a vida no conflito sírio desde março de 2011 até novembro de 2012,  (Muzaffar Salman/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2013 às 12h57.

Cairo- A principal coalizão da oposição síria considera que o discurso pronunciado pelo presidente Bashar al-Assad, neste domingo, 'não apresentou novidades' e só confirma que o regime 'manterá a repressão ao povo e a destruição ao país'.

Em declarações à Agência Efe via telefônica, Abdelbaset Seida, membro executivo da Coalizão Nacional de Forças da Revolução e Oposição Sírias (CNFROS), afirmou que o plano para uma solução política apresentado pelo líder representa 'uma regressão com relação aos seus compromissos anteriores'.

Para Seida, Al-Assad procura 'deformar a realidade com uma linguagem falsa', já que sugere que há um conflito na Síria 'entre um regime civil e pacífico que procura o interesse dos cidadãos e os grupos terroristas'.

O dirigente opositor disse que, após escutar o presidente sírio, a conclusão é que 'os últimos esforços do mediador internacional Lakhdar Brahimi e os contatos com os Estados Unidos e Rússia não levaram a nenhum avanço'.

Além disso, Seida comentou que Al-Assad sequer fez menção à libertação dos destidos ou à retirada militar das cidades.

Por sua vez, o Grupo de Ação Nacional, que também integra a CNFROS, disse que 'Al-Assad elegeu a guerra contra o povo sírio e o suicídio ao invés da solução' e insistiu que o líder segue mantendo 'suas ameaças e o genocídio', quando faltam dois meses para o segundo aniversário da explosão da revolução.

Al-Assad fez um pronunciamento à nação neste domingo para propor a cessação da provisão internacional de armas aos 'terroristas', após comentar que o Exército sírio cessará suas operações se for iniciado um diálogo nacional com o objetivo de elaborar uma nova Constituição e escolher um novo Governo.

Após o discurso, os opositores saíram às ruas de algumas povoações das províncias de Hama (centro do país) e Idlib (norte), entre outras, para expressar rejeição às palavras de Al- Assad.

No bairro de Al Hamediya, na cidade de Hama, dezenas de pessoas levaram cartazes nos quais era possível ver palavras de ordem como 'Não há terrorismo, salvo o de Al-Assad', segundo vídeos postados na internet.

O porta-voz da União de Revolucionários de Hama, Abu al Qasem, informou à Efe pela internet que o Exército sírio bombardeou as localidades de Kafr Nabuda e Tibat al Imame, também em Hama, depois do discurso de Al-Assad.

Pelo menos 60 mil pessoas perderam a vida no conflito sírio desde março de 2011 até novembro de 2012, de acordo com os últimos dados da ONU. EFE

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Cairo- A principal coalizão da oposição síria considera que o discurso pronunciado pelo presidente Bashar al-Assad, neste domingo, 'não apresentou novidades' e só confirma que o regime 'manterá a repressão ao povo e a destruição ao país'.

Em declarações à Agência Efe via telefônica, Abdelbaset Seida, membro executivo da Coalizão Nacional de Forças da Revolução e Oposição Sírias (CNFROS), afirmou que o plano para uma solução política apresentado pelo líder representa 'uma regressão com relação aos seus compromissos anteriores'.

Para Seida, Al-Assad procura 'deformar a realidade com uma linguagem falsa', já que sugere que há um conflito na Síria 'entre um regime civil e pacífico que procura o interesse dos cidadãos e os grupos terroristas'.

O dirigente opositor disse que, após escutar o presidente sírio, a conclusão é que 'os últimos esforços do mediador internacional Lakhdar Brahimi e os contatos com os Estados Unidos e Rússia não levaram a nenhum avanço'.

Além disso, Seida comentou que Al-Assad sequer fez menção à libertação dos destidos ou à retirada militar das cidades.

Por sua vez, o Grupo de Ação Nacional, que também integra a CNFROS, disse que 'Al-Assad elegeu a guerra contra o povo sírio e o suicídio ao invés da solução' e insistiu que o líder segue mantendo 'suas ameaças e o genocídio', quando faltam dois meses para o segundo aniversário da explosão da revolução.

Al-Assad fez um pronunciamento à nação neste domingo para propor a cessação da provisão internacional de armas aos 'terroristas', após comentar que o Exército sírio cessará suas operações se for iniciado um diálogo nacional com o objetivo de elaborar uma nova Constituição e escolher um novo Governo.

Após o discurso, os opositores saíram às ruas de algumas povoações das províncias de Hama (centro do país) e Idlib (norte), entre outras, para expressar rejeição às palavras de Al- Assad.

No bairro de Al Hamediya, na cidade de Hama, dezenas de pessoas levaram cartazes nos quais era possível ver palavras de ordem como 'Não há terrorismo, salvo o de Al-Assad', segundo vídeos postados na internet.

O porta-voz da União de Revolucionários de Hama, Abu al Qasem, informou à Efe pela internet que o Exército sírio bombardeou as localidades de Kafr Nabuda e Tibat al Imame, também em Hama, depois do discurso de Al-Assad.

Pelo menos 60 mil pessoas perderam a vida no conflito sírio desde março de 2011 até novembro de 2012, de acordo com os últimos dados da ONU. EFE

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