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Oposição síria comparecerá à próxima rodada de diálogo em Genebra

Segundo o porta-voz da Comissão Suprema para as Negociações, "o diálogo se concentrará na transição política na Síria"

Síria: o início da rodada de negociações está previsto para quinta-feira (Khalil Ashawi/Reuters)
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EFE

Publicado em 21 de março de 2017 às 08h32.

Última atualização em 21 de março de 2017 às 08h49.

Cairo - A Comissão Suprema para as Negociações (CSN), principal aliança de oposição ao regime de Bashar al Assad na Síria , participará da próxima rodada de conversas em Genebra, na Suíça, cujo início está previsto para quinta-feira, disse nesta terça-feira à Agência Efe um de seus porta-vozes, Riad Agha.

"Nesta rodada, o diálogo se concentrará na transição política na Síria", detalhou Agha por telefone.

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O porta-voz acrescentou que este assunto está relacionado com outro dos temas da agenda de conversas, a redação de uma declaração constitucional, que assentará as bases para redigir uma nova Carta Magna no país árabe.

Agha confirmou que existe uma "proposta" da Rússia sobre a futura Constituição. "É mais uma iniciativa e ainda não a estudamos, mas não se pode deixar que um país imponha sua ideia de Constituição para a Síria, esta tem que ser pactuada entre os sírios", disse.

Em uma entrevista a veículos de imprensa russos, o presidente sírio, Bashar al Assad, expressou ontem seu apoio ao projeto russo para a futura Carta Magna.

A minuta proposta pelo Kremlin blinda a integridade territorial da Síria e estabelece a supremacia do direito internacional, entre outros aspectos, mas também abre caminho para que Assad possa ser designado novamente como presidente nas duas próximas eleições.

A Rússia é um dos principais aliados do governo sírio e apoia militarmente as operações do exército de Assad.

A última rodada de conversas indiretas em Genebra, promovidas pela ONU, aconteceu entre o fim de fevereiro e o início de março e concluiu com uma agenda pactuada pela delegação governamental e pela opositora para tentar conseguir uma solução negociada para o conflito.

A ONU insiste em que as negociações devem abordar os três elementos definidos na resolução 2254 do Conselho de Segurança, que prevê a criação de um governo de transição, a redação de uma nova Constituição e a realização de eleições livres e justas supervisionadas pela organização internacional.

A pedido do governo sírio, será acrescentado um quarto pacote sobre temas relacionados com a estratégia antiterrorista.

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