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Oposição síria anuncia início de diálogo com regime

O opositor sírio Qadri Jamil destacou que o início das conversas sírias hoje, em Moscou, que classificou como "informais", é apenas um primeiro passo

Refugiados sírios: conversas de Moscou focam na situação humanitária no país árabe (Muhammad Hamed/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 15h34.

Moscou - A oposição síria anunciou nesta quarta-feira o início das negociações com o regime de Damasco e negou que entre as condições impostas esteja a renúncia do presidente da Síria, Bashar al Assad.

"Acho que o processo começou. A princípio será difícil e devagar, mas já estamos avançando. Com o tempo iremos mais rápido e cada vez serão vistos mais resultados", disse à imprensa Qadri Jamil, um dos líderes opositores sírios e ex-vice-primeiro-ministro.

O opositor destacou que o início das conversas sírias hoje, em Moscou, que classificou como "informais", é apenas um primeiro passo.

Ele explicou que a oposição aprovou um plano de dez pontos, adotado "quase com uninimidade" pelos opositores, para futuras negociações com Damasco, mas que não inclui como condição que Al Assad abandone o poder.

"Ninguém colocou a questão do futuro de Al Assad. Esse assunto deve ser tratado sobre a base de Genebra-1 em Genebra. Aqui temos um encontro informal e de ofício", disse.

Entre outras coisas, o plano se refere à cessação dos bombardeios das zonas povoadas tanto por parte das forças governamentais como dos guerrilheiros, à troca de prisioneiros e à chegada de produtos e ajuda humanitária a todo o território nacional.

Além disso, também foi combinada a criação de uma comissão para investigar as violações dos direitos humanos e se defende a suspensão das sanções internacionais contra a Síria.

As conversas de Moscou, nas quais Damasco está representada pelo embaixador sírio para a ONU, Bashar Jaafari, focam na situação humanitária no país árabe imerso em fortes combates entre as tropas governamentais e os insurgentes.

Nesta semana, Al Assad recusou se mostrar otimista ou pessimista sobre o diálogo, mas disse ter esperança porque "o que está ocorrendo em Moscou não são negociações sobre uma solução (ao conflito), são apenas os preparativos para uma conferência".

Na semana passada, o chanceler russo, Sergei Lavrov, afirmou que as conversas em Moscou são um passo para a criação das condições necessárias para iniciar negociações de paz com o amparo da ONU.

As discussões na capital russa são as primeiras realizadas desde que a segunda rodada das conversas de Genebra, em fevereiro do ano passado, que terminaram sem nenhum tipo de acordo.

Segundo os dados da ONU, o conflito sírio já provocou mais de 200 mil mortes desde que começou, em 2011.

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Moscou - A oposição síria anunciou nesta quarta-feira o início das negociações com o regime de Damasco e negou que entre as condições impostas esteja a renúncia do presidente da Síria, Bashar al Assad.

"Acho que o processo começou. A princípio será difícil e devagar, mas já estamos avançando. Com o tempo iremos mais rápido e cada vez serão vistos mais resultados", disse à imprensa Qadri Jamil, um dos líderes opositores sírios e ex-vice-primeiro-ministro.

O opositor destacou que o início das conversas sírias hoje, em Moscou, que classificou como "informais", é apenas um primeiro passo.

Ele explicou que a oposição aprovou um plano de dez pontos, adotado "quase com uninimidade" pelos opositores, para futuras negociações com Damasco, mas que não inclui como condição que Al Assad abandone o poder.

"Ninguém colocou a questão do futuro de Al Assad. Esse assunto deve ser tratado sobre a base de Genebra-1 em Genebra. Aqui temos um encontro informal e de ofício", disse.

Entre outras coisas, o plano se refere à cessação dos bombardeios das zonas povoadas tanto por parte das forças governamentais como dos guerrilheiros, à troca de prisioneiros e à chegada de produtos e ajuda humanitária a todo o território nacional.

Além disso, também foi combinada a criação de uma comissão para investigar as violações dos direitos humanos e se defende a suspensão das sanções internacionais contra a Síria.

As conversas de Moscou, nas quais Damasco está representada pelo embaixador sírio para a ONU, Bashar Jaafari, focam na situação humanitária no país árabe imerso em fortes combates entre as tropas governamentais e os insurgentes.

Nesta semana, Al Assad recusou se mostrar otimista ou pessimista sobre o diálogo, mas disse ter esperança porque "o que está ocorrendo em Moscou não são negociações sobre uma solução (ao conflito), são apenas os preparativos para uma conferência".

Na semana passada, o chanceler russo, Sergei Lavrov, afirmou que as conversas em Moscou são um passo para a criação das condições necessárias para iniciar negociações de paz com o amparo da ONU.

As discussões na capital russa são as primeiras realizadas desde que a segunda rodada das conversas de Genebra, em fevereiro do ano passado, que terminaram sem nenhum tipo de acordo.

Segundo os dados da ONU, o conflito sírio já provocou mais de 200 mil mortes desde que começou, em 2011.

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