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Oposição e governo sírios são contra negociações paralelas

Delegações do governo sírio e da oposição não respaldam a ideia do mediador, Lakhdar Brahimi, de negociar paralelamente com os grupos

Mediador internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi: Brahimi sugeriu negociar paralelamente os temas que emperram as negociações (Denis Balibouse/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2014 às 12h51.

Genebra -As delegações do governo sírio e da oposição que negociam em Genebra não respaldam a ideia do mediador, Lakhdar Brahimi, de negociar de forma paralela os temas que estagnam as negociações, fundamentalmente a cessação da violência e a transição política.

"Não é lógico porque não podemos discutir sobre terrorismo e o órgão de Governo transitório ao mesmo tempo. Esta é uma nova interpretação do Comunicado de Genebra (roteiro deste processo)", disse Buzaina Shabaan, conselheira do presidente sírio, Bashar al-Assad .

"Não queremos fazer acordos por passos, queremos um acordo final e completo que só conseguiremos se estivermos de acordo em tudo", disse por sua parte um dos membros da delegação opositora, Anas Abdah, ao término da jornada negociadora de hoje.

Para a oposição, as negociações devem prosseguir, mas discutindo um tema após outro.

Segundo o porta-voz da delegação opositora, Louay Safi, "o mediador Brahimi não propôs negociações paralelas, mas se as negociações não funcionarem, teremos reuniões separadamente com ele".

No entanto, Safi disse que também não estão de acordo com essa alternativa porque "queremos nos encontrar na mesma sala com a outra parte para falar do que importa, porque não podemos seguir adiando dia após dia".

"Ontem acordamos um calendário para as discussões desta semana e tinha sido estabelecido que falaríamos do órgão de Governo transitório e por isso apresentamos um documento a respeito", comentou aos jornalistas.

Louay disse que durante seu discurso, a delegação governamental insistiu em falar de questões relacionadas com a insegurança e com ataques terroristas, desdenhando começar o assunto sobre qualquer questão relacionada com a saída do presidente sírio.

Perante a estagnação das conversas, Brahimi assinalou ontem à imprensa que tinha sugerido às partes -antes de retomar as negociações nesta segunda rodada- "falar em paralelo sobre os dois assuntos" que os preocupam.

"Violência e terrorismo, colocar fim é o que o povo sírio quer, certo? E como fazer sem um acordo sobre os passos a dar para o futuro do país. Ambos são assuntos importantes e podemos tratá-los paralelamente", disse então o mediador.

*Atualizada Às 13h51 do dia 12/02/2014

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Genebra -As delegações do governo sírio e da oposição que negociam em Genebra não respaldam a ideia do mediador, Lakhdar Brahimi, de negociar de forma paralela os temas que estagnam as negociações, fundamentalmente a cessação da violência e a transição política.

"Não é lógico porque não podemos discutir sobre terrorismo e o órgão de Governo transitório ao mesmo tempo. Esta é uma nova interpretação do Comunicado de Genebra (roteiro deste processo)", disse Buzaina Shabaan, conselheira do presidente sírio, Bashar al-Assad .

"Não queremos fazer acordos por passos, queremos um acordo final e completo que só conseguiremos se estivermos de acordo em tudo", disse por sua parte um dos membros da delegação opositora, Anas Abdah, ao término da jornada negociadora de hoje.

Para a oposição, as negociações devem prosseguir, mas discutindo um tema após outro.

Segundo o porta-voz da delegação opositora, Louay Safi, "o mediador Brahimi não propôs negociações paralelas, mas se as negociações não funcionarem, teremos reuniões separadamente com ele".

No entanto, Safi disse que também não estão de acordo com essa alternativa porque "queremos nos encontrar na mesma sala com a outra parte para falar do que importa, porque não podemos seguir adiando dia após dia".

"Ontem acordamos um calendário para as discussões desta semana e tinha sido estabelecido que falaríamos do órgão de Governo transitório e por isso apresentamos um documento a respeito", comentou aos jornalistas.

Louay disse que durante seu discurso, a delegação governamental insistiu em falar de questões relacionadas com a insegurança e com ataques terroristas, desdenhando começar o assunto sobre qualquer questão relacionada com a saída do presidente sírio.

Perante a estagnação das conversas, Brahimi assinalou ontem à imprensa que tinha sugerido às partes -antes de retomar as negociações nesta segunda rodada- "falar em paralelo sobre os dois assuntos" que os preocupam.

"Violência e terrorismo, colocar fim é o que o povo sírio quer, certo? E como fazer sem um acordo sobre os passos a dar para o futuro do país. Ambos são assuntos importantes e podemos tratá-los paralelamente", disse então o mediador.

*Atualizada Às 13h51 do dia 12/02/2014

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