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Oposição da Venezuela boicota encontro de Maduro sobre assembleia

Denunciando Maduro como um autocrata que destruiu a economia do país, a oposição da Venezuela demanda eleições para resolver a grave crise política

Nicolás Maduro: o presidente venezuelano diz que seus adversários tentam um golpe com apoio dos Estados Unidos (Miraflores Palace/Handout/Reuters)

Nicolás Maduro: o presidente venezuelano diz que seus adversários tentam um golpe com apoio dos Estados Unidos (Miraflores Palace/Handout/Reuters)

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Reuters

Publicado em 8 de maio de 2017 às 18h54.

Caracas - A oposição da Venezuela boicotou um encontro nesta segunda-feira para discutir o plano do presidente Nicolás Maduro de uma nova assembleia popular, promovendo protestos nas ruas, novamente bloqueados pelas forças da segurança, que usaram gás lacrimogêneo.

Em cenas familiares em cinco semanas de agitações, jovens com máscaras de gás e escudos improvisados enfrentaram a polícia e tropas da Guarda Nacional em Caracas, após centenas de manifestantes serem impedidos de chegar a escritórios do governo.

Em Maracaibo, segunda maior cidade da Venezuela, uma multidão de cerca de 300 manifestantes que gritava "Fora Maduro!" e "Não à ditadura" foi dispersada com uso gás lacrimogêneo, lançado diversas vezes.

Denunciando Maduro como um autocrata que destruiu a economia do país, a oposição da Venezuela demanda eleições para resolver a grave crise política do país.

Maduro, sucessor de Hugo Chávez, diz que seus adversários tentam um golpe com apoio dos Estados Unidos. Ele está instalando uma "Assembleia Constituinte" com poder de reescrever a Constituição e reorganizar poderes públicos.

Mas nenhum representante da coalizão da oposição Unidade Democrática foi ao palácio presidencial Miraflores nesta segunda-feira, apesar de convite do ministro da Educação, Elías Jaua, que está liderando o processo da Assembleia Constituinte.

"É um truque para se manterem no poder", disse Júlio Borges, líder da Assembleia Nacional, onde a oposição conquistou maioria em 2015. "A única maneira de resolver esta crise é um com voto livre."

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