Oposição convoca novas manifestações contra egípcio
A Frente de Salvação Nacional (FSN), que reúne os principais movimentos de oposição de esquerda e liberal
Da Redação
Publicado em 17 de dezembro de 2012 às 13h53.
Cairo - A oposição egípcia prepara novas manifestações para esta terça-feira contra o projeto de Constituição proposto pelos islamitas, texto que conseguiu apenas uma pequena maioria na primeira fase do referendo de sábado, de acordo com números não oficiais.
A Frente de Salvação Nacional (FSN), que reúne os principais movimentos de oposição de esquerda e liberal, convocou o povo a ir às ruas terça-feira para defender as liberdades, impedir a fraude e rejeitar o projeto de Constituição, antes da segunda etapa do voto, no próximo sábado.
No Cairo, a manifestação deve acontecer na emblemática praça Tahrir, lugar da revolta contra o regime de Hosni Mubarak em 2011, e que continua como palco predileto para manifestações políticas.
Os resultados não oficiais anunciados pela Irmandade Muçulmana, partido do presidente Mohamed Morsi, e por um grupo de oposição, dão o "sim" vencedor com cerca de 56% dos votos.
O debate foi duro na imprensa egípcia na segunda-feira. "O Egito disse 'não' e a fraude disse 'sim'", era o título do jornal independente al-Watan, refletindo o sentimento de vários opositores.
Para o al-Gomhuria (do governo), "O Egito quer saber quando vai ter fim a divisão do país".
O Al-Shuruq (independente) afirmou que os resultados não oficiais "representam uma derrota para todo mundo", enfatizando o número de abstenções, a derrota da oposição e o sucesso magro dos partidários do presidente Mursi.
A primeira fase do voto no sábado englobou cerca de metade dos 51 milhões de eleitores inscritos no país e incluiu as duas maiores cidades do país, o Cairo e Alexandria.
De acordo com os resultados comunicados pela Irmandade Muçulmana, a capital, onde a oposição é forte, teve 57% de votos "não", enquanto que a Alexandria, feudo islamita, aprovou a nova Constituição.
Os resultados oficiais só serão anunciados com o fim da segunda fase de votos, nas 17 províncias restantes.
De acordo com a imprensa, a taxa de participação no referendo foi de cerca de 30%, contra 41% no referendo de março de 2011 sobre disposições institucionais provisórias após a queda de Mubarak.
A comissão eleitoral não quis comentar essas informações, dizendo também que não daria nenhum número oficial até o final da segunda fase de voto.
A FSN afirmou que "não reconheceria nenhum resultado que não fosse oficial", e acusou os Irmãos muçulmanos de tentar manipular os resultados.
O projeto de Constituição está no meio da maior crise política no Egito desde da eleição de Mursi em junho.
As tensões entre os partidários e adversários de Mursi culminaram na noite de 5 de dezembro em confrontos violentos na cercania do palácio presidencial no Cairo, causando oito mortos e centenas de feridos.
A oposição afirma que o texto abre as portas para interpretações rigorosas do islamismo e oferece poucas garantias para algumas liberdades básicas.
Para os defensores da nova Constituição, o texto daria ao país um quadro institucional estável, um argumento sedutor para os vários egípcios inquietos após quase dois anos de transição governamental.
Cairo - A oposição egípcia prepara novas manifestações para esta terça-feira contra o projeto de Constituição proposto pelos islamitas, texto que conseguiu apenas uma pequena maioria na primeira fase do referendo de sábado, de acordo com números não oficiais.
A Frente de Salvação Nacional (FSN), que reúne os principais movimentos de oposição de esquerda e liberal, convocou o povo a ir às ruas terça-feira para defender as liberdades, impedir a fraude e rejeitar o projeto de Constituição, antes da segunda etapa do voto, no próximo sábado.
No Cairo, a manifestação deve acontecer na emblemática praça Tahrir, lugar da revolta contra o regime de Hosni Mubarak em 2011, e que continua como palco predileto para manifestações políticas.
Os resultados não oficiais anunciados pela Irmandade Muçulmana, partido do presidente Mohamed Morsi, e por um grupo de oposição, dão o "sim" vencedor com cerca de 56% dos votos.
O debate foi duro na imprensa egípcia na segunda-feira. "O Egito disse 'não' e a fraude disse 'sim'", era o título do jornal independente al-Watan, refletindo o sentimento de vários opositores.
Para o al-Gomhuria (do governo), "O Egito quer saber quando vai ter fim a divisão do país".
O Al-Shuruq (independente) afirmou que os resultados não oficiais "representam uma derrota para todo mundo", enfatizando o número de abstenções, a derrota da oposição e o sucesso magro dos partidários do presidente Mursi.
A primeira fase do voto no sábado englobou cerca de metade dos 51 milhões de eleitores inscritos no país e incluiu as duas maiores cidades do país, o Cairo e Alexandria.
De acordo com os resultados comunicados pela Irmandade Muçulmana, a capital, onde a oposição é forte, teve 57% de votos "não", enquanto que a Alexandria, feudo islamita, aprovou a nova Constituição.
Os resultados oficiais só serão anunciados com o fim da segunda fase de votos, nas 17 províncias restantes.
De acordo com a imprensa, a taxa de participação no referendo foi de cerca de 30%, contra 41% no referendo de março de 2011 sobre disposições institucionais provisórias após a queda de Mubarak.
A comissão eleitoral não quis comentar essas informações, dizendo também que não daria nenhum número oficial até o final da segunda fase de voto.
A FSN afirmou que "não reconheceria nenhum resultado que não fosse oficial", e acusou os Irmãos muçulmanos de tentar manipular os resultados.
O projeto de Constituição está no meio da maior crise política no Egito desde da eleição de Mursi em junho.
As tensões entre os partidários e adversários de Mursi culminaram na noite de 5 de dezembro em confrontos violentos na cercania do palácio presidencial no Cairo, causando oito mortos e centenas de feridos.
A oposição afirma que o texto abre as portas para interpretações rigorosas do islamismo e oferece poucas garantias para algumas liberdades básicas.
Para os defensores da nova Constituição, o texto daria ao país um quadro institucional estável, um argumento sedutor para os vários egípcios inquietos após quase dois anos de transição governamental.