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Opep busca responsáveis por queda do petróleo

Conclusões de encontro da Opep podem levar produtores a um corte informal da produção para manter preços

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

Representantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) passaram este domingo (10/9) discutindo se a queda de 10 dólares no barril de óleo cru, verificado nas últimas semanas, decorreu de excesso de oferta ou de uma simples correção do mercado. As conclusões da análise são importantes, porque indicarão se o cartel de produtores atuará, ainda que informalmente, para cortar a produção e sustentar os preços.

O encontro formal da Opep ocorrerá nesta segunda-feira (11/9). De acordo com o americano The Wall Street Journal, a maioria dos ministros presentes ao evento afirma não esperar uma decisão formal de reduzir a produção, mas todos se declararam preocupados com o recuo dos preços. "Temos de analisar com muito cuidado para onde os preços vão", afirmou Edmundo Daukoru, presidente da Opep e ministro do Petróleo da Nigéria.

Analistas e representantes da Opep também informaram que, há pelo menos quatro meses, os países-membros da organização produzem abaixo da cota diária de 28 milhões de barris de petróleo, simplesmente por não haver demanda para mais. Alguns ministros da Opep admitem que o cartel prepara-se para promover um corte informal de produção, se a demanda e os preços caírem ainda mais. O acordo informal seria uma maneira de conter uma possível revolta dos países consumidores, caso uma decisão oficial fosse tomada.

Apesar da queda de preços, o barril de petróleo continua cotado a cerca de 67 dólares na Bolsa de Nova York, o triplo de três anos atrás. Além disso, economias importantes, sobretudo a americana, estão desacelerando. Os Estados Unidos consomem cerca de 25% do petróleo mundial.

O preço do barril está caindo rapidamente, nas últimas semanas, porque muitos dos temores dos países produtores mostraram-se infundados, de acordo com WSJ. Entre as previsões que não se concretizaram, está a generalização de um conflito armado no Oriente Médio, capaz de envolver o Irã - segundo maior produtor da Opep. Além disso, o cartel mostrava preocupação com a violência na Nigéria e no Iraque; e com a temporada de furacões no Golfo do México. A demanda por óleo cru também tende a diminuir neste período do ano, com a parada para manutenção de várias refinarias.

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