Assembleia da ONU terá mulher latino-americana pela 1ª vez
Os representantes dos 193 Estados-membros escolherão entre a hondurenha María Elizabeth Flores Flake e a equatoriana María Fernanda Espinosa
Agência Brasil
Publicado em 5 de junho de 2018 às 08h31.
Última atualização em 5 de junho de 2018 às 08h41.
Pela primeira vez na história, a Organização das Nações Unidas ( ONU ) elegerá nesta terça-feira (5) uma mulher latina-americana para ser a nova presidente da Assembleia Geral do organismo. Os representantes dos 193 Estados-membros escolherão entre a hondurenha María Elizabeth Flores Flake e a equatoriana María Fernanda Espinosa.
A eleita substituirá, em setembro, o eslovaco Miroslav Lajcak. A votação será secreta e precisa apenas de maioria simples. A eleição divide os países latino-americanos, especialmente por causa da crise na Venezuela . A candidata do Equador conta com o apoio da Venezuela e de países aliados.
"A integração, cooperação e unidade dos povos é essencial para a coexistência pacífica e nações em desenvolvimento", disse María Fernanda Espinosa, 53 anos, que aposta em respostas rápidas às situações emergentes e em uma atenção especial para os mais vulneráveis.
Para María Elizabeth Flake, 44 anos, o foco deverá ser a cooperação entre os países e o apoio a projetos destinados à infância. "A hora de agir para consolidar a paz e prosperidade entre as gerações", afirmou.
Porém, não será a primeira vez que a ONU vai ter no comando uma mulher. Em 1953, a indiana Vijaya Lakshmi Pandit foi eleita, em 1969 a liberiana Angie Brooks e depois, em 2006, foi a vez de Sheikha Haya Rashed Al -Khalifa (2006), do Bahrein.
Eleição
As duas candidatas farão uma breve apresentação das propostas, responderão às perguntas e ouvirão os comentários dos representantes dos Estados-membros. Perguntas da sociedade civil também serão permitidas. Todas as questões dirigidas aos ministros das Relações Exteriores foram previamente enviadas por meio de uma plataforma online.
María Fernanda é a atual ministra das Relações Exteriores do Equador, tem mais de 20 anos de experiência em questões inerentes à integração, segurança e defesa dos direitos humanos dos povos indígenas, sua cultura e patrimônio. Foi candidata à vice-presidência da República do Equador.
María Elizabeth é advogada e tem uma sólida carreira política em Honduras. Também ocupa o cargo de ministra das Relações Exteriores e Mobilidade Humana da República de Honduras e é embaixadora da Organização das Nações Unidas. Foi deputada federal em seu país.
*Com informações da Telesur, emissora pública de televisão da Venezuela.