Organização das Nações Unidas (ONU): a reparação poderia custar mais de 1 bilhão de dólares das Nações Unidas. (Johannes Simon/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 21 de fevereiro de 2013 às 17h09.
Nova York - As Nações Unidas rejeitaram oficialmente, nesta quinta-feira, uma ação coletiva depois de forças de paz da ONU serem acusadas de desencadear uma epidemia de cólera no Haiti em 2010.
Cerca de 8.000 pessoas morreram por causa da epidemia, mas o porta-voz da ONU, Martin Nesirky, declarou que a organização internacional comunicou aos advogados que a ação "não é aceitável" sob a Convenção de 1946, que prevê a imunidade para ações da ONU.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em uma conversa por telefone com o presidente do Haiti, Michel Martelly, informou o chefe de Estado "da decisão da organização e reiterou o compromisso da ONU para a eliminação da cólera no Haiti", indicou Nesirky.
Alguns especialistas em saúde afirmaram que a epidemia de cólera, que eclodiu no final de 2010, foi introduzida no país por membros das forças de paz do Nepal. A ONU nunca assumiu a responsabilidade por este desastre, insistindo que era impossível atribuir a origem da epidemia.
Os advogados dos familiares de algumas das vítimas e das 635.000 pessoas que ainda estão doentes com cólera, havia estimado que um reparação poderia custar mais de 1 bilhão de dólares das Nações Unidas.