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ONU: próximos meses são cruciais para vencer crise da fome

A FAO declarou que a grave seca já atinge a Uganda, onde também já foram detectados focos de "insegurança alimentícia"

Mulheres aguardam ao lado dos filhos por ajuda e comida em um campo de refugiados somali: a taxa de desnutrição aguda se situa em 50% na Somália (Judith Schuler/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2011 às 09h06.

Genebra - A ONU afirmou nesta terça-feira que os próximos dois meses são cruciais, seja para vencer a crise da fome na Somália ou para que a situação se agrave, o que dependerá do fato de as pessoas afetadas receberem a ajuda de emergência que requerem nesse prazo.

O Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) declarou que a Uganda se somou ao grupo de países atingidos pela grave seca na região do Chifre da África e que já foram detectados focos de "insegurança alimentícia" no país.

"Uganda pode ser o próximo país afetado pelas alarmantes condições de desnutrição", revelou nesta terça-feira a porta-voz da FAO em Genebra, Sandra Avilés.

Sobre a Somália, a representante desse organismo considerou que os últimos dados indicam que a taxa de desnutrição aguda se situa em 50% e que a mortalidade se eleva a seis mortes diárias para cada grupo de dez mil pessoas nas áreas do sul mais afetadas pela falta de chuvas.

Sandra reiterou que a FAO desconhece o número exato de mortos pela crise da fome "por várias razões, particularmente porque é muito difícil fazer (o cálculo) em avaliações rápidas e são necessárias estatísticas atualizadas da população, o que não existe no caso da Somália".

No entanto, a porta-voz disse que "é certo que dezenas de milhares de pessoas morreram no sul da Somália" pela crise de fome ou por doenças provocadas por esta situação.

O Escritório para Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA, na sigla em inglês) destacou que ainda está longe de cobrir os requerimentos financeiros para prestar assistência aos 12,4 milhões de pessoas que sofrem com a fome em cinco países.

A Somália precisa nesse momento de US$ 1 bilhão, mas só recebeu, até agora, o montante de US$ 429 milhões. As operações de distribuição de alimentos são as que recebem mais financiamento (57%).

Em seguida, aparecem as ações vinculadas à água e ao saneamento (34%), enquanto as de nutrição e saúde apenas receberam apenas 25% e 23%, respectivamente, do total solicitado.

Uma porta-voz da OCHA destacou que a contribuição para nutrição é "baixa demais" e que isto pode ter "consequências dramáticas em termos de saúde da população".

A Organização Meteorológica Mundial (OMM), com sede em Genebra, previu que a seca no sul da Somália, assim como em partes do Quênia, Etiópia, Djibuti e, mais recentemente, da Uganda, continuará durante agosto e setembro.

O órgão explicou que a propensão às secas aumentou nos últimos 25 anos no mundo e que "veremos um aumento de sua frequência no futuro", uma situação diretamente relacionada com a mudança climática.

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Genebra - A ONU afirmou nesta terça-feira que os próximos dois meses são cruciais, seja para vencer a crise da fome na Somália ou para que a situação se agrave, o que dependerá do fato de as pessoas afetadas receberem a ajuda de emergência que requerem nesse prazo.

O Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) declarou que a Uganda se somou ao grupo de países atingidos pela grave seca na região do Chifre da África e que já foram detectados focos de "insegurança alimentícia" no país.

"Uganda pode ser o próximo país afetado pelas alarmantes condições de desnutrição", revelou nesta terça-feira a porta-voz da FAO em Genebra, Sandra Avilés.

Sobre a Somália, a representante desse organismo considerou que os últimos dados indicam que a taxa de desnutrição aguda se situa em 50% e que a mortalidade se eleva a seis mortes diárias para cada grupo de dez mil pessoas nas áreas do sul mais afetadas pela falta de chuvas.

Sandra reiterou que a FAO desconhece o número exato de mortos pela crise da fome "por várias razões, particularmente porque é muito difícil fazer (o cálculo) em avaliações rápidas e são necessárias estatísticas atualizadas da população, o que não existe no caso da Somália".

No entanto, a porta-voz disse que "é certo que dezenas de milhares de pessoas morreram no sul da Somália" pela crise de fome ou por doenças provocadas por esta situação.

O Escritório para Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA, na sigla em inglês) destacou que ainda está longe de cobrir os requerimentos financeiros para prestar assistência aos 12,4 milhões de pessoas que sofrem com a fome em cinco países.

A Somália precisa nesse momento de US$ 1 bilhão, mas só recebeu, até agora, o montante de US$ 429 milhões. As operações de distribuição de alimentos são as que recebem mais financiamento (57%).

Em seguida, aparecem as ações vinculadas à água e ao saneamento (34%), enquanto as de nutrição e saúde apenas receberam apenas 25% e 23%, respectivamente, do total solicitado.

Uma porta-voz da OCHA destacou que a contribuição para nutrição é "baixa demais" e que isto pode ter "consequências dramáticas em termos de saúde da população".

A Organização Meteorológica Mundial (OMM), com sede em Genebra, previu que a seca no sul da Somália, assim como em partes do Quênia, Etiópia, Djibuti e, mais recentemente, da Uganda, continuará durante agosto e setembro.

O órgão explicou que a propensão às secas aumentou nos últimos 25 anos no mundo e que "veremos um aumento de sua frequência no futuro", uma situação diretamente relacionada com a mudança climática.

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