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ONU lança apelo para arrecadar US$ 1 bi por terremoto na Turquia

O sismo de magnitude 7,8 de 6 de fevereiro deixou mais de 35.000 mortos no sudeste da Turquia, e milhares de pessoas perderam suas vidas na Síria

Terremoto: são mais de 35 mil mortos na Turquia e Síria (AFP/AFP Photo)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 16 de fevereiro de 2023 às 16h45.

A ONU lançou, nesta quinta-feira, 16, um apelo para arrecadar US$ 1 bilhão (aproximadamente R$ 5,2 bilhões) em ajuda para as vítimas na Turquia do devastador terremoto que atingiu esse país e a Síria na semana passada, deixando cerca de 40.000 mortos.

"O financiamento, que cobre um período de três meses, ajudará 5,2 milhões de pessoas e permitirá que as organizações de ajuda aumentem rapidamente o apoio vital aos esforços liderados pelo governo (da Turquia) pelo terremoto mais devastador do país em um século", afirmou o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, em um comunicado.

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"As necessidades são enormes, as pessoas estão sofrendo e não há tempo a perder. Convoco a comunidade internacional a intensificar e financiar, completamente, este esforço crítico em resposta a um dos maiores desastres naturais do nosso tempo", declarou Guterres.

O sismo de magnitude 7,8 de 6 de fevereiro deixou mais de 35.000 mortos no sudeste da Turquia, e milhares de pessoas perderam suas vidas na Síria.

De acordo com o governo turco, mais de nove milhões de pessoas foram diretamente afetadas pelo terremoto no país.

O povo da Turquia experimentou uma dor "indescritível" com a tragédia, disse o coordenador de Ajuda de Emergência da ONU, Martin Griffiths, em um comunicado em separado, anunciando o apelo por assistência humanitária.

“Devemos estar com eles em seus momentos mais difíceis e garantir que recebam o apoio de que necessitam”, acrescentou Griffiths, que chefia o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA).

Centenas de milhares de pessoas, incluindo crianças pequenas e idosos, não têm acesso a abrigo, comida, água, aquecedores e cuidados médicos em meio a temperaturas abaixo de zero. Além disso, cerca de 47.000 edifícios foram destruídos, ou danificados, na Turquia, o que obrigou milhares de pessoas a serem levadas para abrigos temporários.

“A Turquia é o lar do maior número de refugiados do mundo e há anos demonstra imensa generosidade para com sua vizinha Síria”, insistiu o chefe da ONU, usando a designação “Türkiye”, em vez de “Turquia”, como Ancara reivindica desde 2022, aceita pelas Nações Unidas e por seu aliado Estados Unidos.

"Agora é a hora de o mundo apoiar o povo da Turquia, como fez, simplesmente, com outros em busca de ajuda", acrescentou Guterres, insistindo em que "não há tempo a perder".

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