Protesto na Nigéria: Conselho convocou comunidade internacional a ajudar autoridades locais (Pius Utomi Ekpei/AFP)
Da Redação
Publicado em 9 de maio de 2014 às 19h10.
Nações Unidas - O Conselho de Segurança da ONU expressou nesta sexta-feira sua "profunda indignação" pelo sequestro de mais de 200 meninas nigerianas pela seita radical Boko Haram e exigiu sua libertação imediata e incondicional, ao advertir que estes atos podem ser considerados "crimes contra a humanidade".
O principal órgão de decisão das Nações Unidas advertiu que as ações do Boko Haram poderiam ser consideradas "crimes contra a humanidade" e pediu a colaboração de todos os países para levar os responsáveis perante a Justiça.
Em comunicado, o Conselho se referiu assim ao sequestro de 276 jovens estudantes no dia 14 de abril e ao de outras oito menores em 5 de maio.
Os membros do Conselho expressaram sua satisfação pelos esforços do governo da Nigéria para assegurar o retorno seguro das meninas sequestradas a suas casas e agradeceram o apoio internacional oferecido ao país.
Neste sentido, o Conselho convocou toda a comunidade internacional e, especialmente os países da região, a trabalhar com as autoridades nigerianas.
Hoje, analistas dos Estados Unidos e Reino Unido chegaram à Nigéria para ajudar na busca às meninas sequestradas pela seita, um crime que gerou uma grande reação em escala internacional.
Além dos sequestros, o comunicado condenou os ataques terroristas cometidos por Boko Haram nesta semana e transferiu suas condolências às famílias das vítimas.
O Conselho ressaltou que "o terrorismo em todas suas formas e manifestações é um ato criminoso e injustificável" e ressaltou a necessidade de levar perante a Justiça todos os responsáveis deste tipo de ataques.
Além disso, o principal órgão de decisão da ONU expressou sua "profunda preocupação" pela campanha de atentados que o Boko Haram realiza desde 2009, que representa "uma ameaça para a estabilidade e a paz na África".
O Boko Haram, que significa em línguas locais "a educação não islâmica é pecado", luta para impor a lei islâmica na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristão no sul.