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ONU entrega 69 toneladas de armamento das Farc à Colômbia

O armamento será fundido para construir três monumentos: um em Nova York, na sede das Nações Unidas, outro em Havana e o último na Colômbia

Farc: a ONU havia dado por encerrado em 15 de setembro o seu trabalho com o desarmamento das Farc (John Vizcaino/Reuters)
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AFP

Publicado em 13 de outubro de 2017 às 19h32.

A missão da ONU na Colômbia entregou nesta sexta-feira ao governo 69 toneladas de armas e munições das Farc , a totalidade do armamento da ex-guerrilha que estava em seus depósitos e que serão fundidas para construir monumentos após o acordo de paz.

"Desta maneira se cumpre a última atividade relacionada com o Processo de Deposição das Armas das Farc, por parte da Missão das Nações Unidas na Colômbia", indicou o organismo internacional em comunicado.

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A ONU, encarregada de supervisionar o desarmamento dos rebeldes e sua reinserção, entregou os 69.034 quilos de armamento e munição que foi "desabilitado" após a deposição das armas dos rebeldes, concluída em meados de agosto à Unidade de Polícia Especial para a Paz (Unipep).

Segundo o estabelecido no acordo de paz, assinado em novembro depois de quatro anos de negociações em Cuba, o armamento será fundido para construir três monumentos: um em Nova York, sede das Nações Unidas, outro em Havana e o último na Colômbia.

A Unipep terá sob sua custódia o armamento enquanto as partes definem a construção dos monumentos.

A ONU havia dado por encerrado em 15 de setembro o seu trabalho com o desarmamento das antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), agora convertidas em partido político, depois da destruição dos 750 esconderijos com armamento dos rebeldes.

Anteriormente, em 15 de agosto, os observadores internacionais da ONU receberam 8.111 armas de quase 7.000 combatentes daquela que foi a principal guerrilha da América.

A Colômbia vive um conflito armado que em mais de meio século enfrentou guerrilhas, grupos paramilitares, agentes estatais e traficantes, com um balanço de 7,5 milhões de vítimas entre mortos, desaparecidos e deslocados.

O governo de Juan Manuel Santos busca a "paz completa", pela qual negocia com o Exército de Libertação Nacional (ELN), último grupo rebelde do país.

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