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ONU e BM fazem apelo por recursos no combate ao cólera

Objetivo é evitar a anulação dos avanços alcançados

Menino recebe segunda dose da vacina contra a cólera em Saut d'Eau, no centro do Haiti (HECTOR RETAMAL/AFP)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2014 às 18h37.

Wahington - A Organização das Nações Unidas ( ONU ) e o Banco Mundial (BM) fizeram nesta quinta-feira um apelo dramático por recursos para fortalecer a luta contra a epidemia de cólera no Haiti e evitar a anulação dos avanços alcançados.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, presidiram nesta quinta-feira um encontro específico sobre o tema, em paralelo às reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do BM em Washington.

"Convoco todos os associados do Haiti a darem um passo à frente e a ajudarem a construir um Haiti saudável, com água limpa e estrutura sanitária melhorada", disse Ban em discurso, na abertura dos trabalhos da reunião.

O secretário-geral da ONU lembrou que o governo haitiano havia elaborado um ambicioso plano de dez anos para renovar a estrutura sanitária e a rede de distribuição de água potável no país, mas alertou que o plano tem enormes carências em termos de recursos.

"No dia de hoje, o plano nacional de dez anos, com custo de US$ 2,2 bilhão de dólares, conseguiu apenas fundos de 10%", disse Ban.

Desde o devastador terremoto de janeiro de 2010 e a deflagração da epidemia de cólera, no fim do ano, o Haiti "percorreu um longo caminho", disse Ban, e o próprio surto da doença foi, em grande medida, controlado.

"Mas agora devemos avançar. Devemos ajudar o povo haitiano. Devemos oferecer acesso à água, fornecer recursos sanitários para cada haitiano", disse.

Por isso, acrescentou, a ONU está superando a fase da resposta humanitária diante da epidemia letal de cólera, para passar à fase de longo prazo a fim de melhorar as condições de infraestrutura básica no país.

- "Muita gente doente" -

Kim disse que a comunidade internacional "não pode ignorar esta oportunidade de evitar que milhares de crianças haitianas morram por causa de doenças causadas pela falta de acesso à água potável".

O presidente do BM destacou os avanços no controle da epidemia de cólera, mas alertou que "ainda há muita gente doente. O cólera ainda é endêmico e as doenças ligadas à ausência de água potável são as principais causas de mortalidade infantil".

Na reunião, Kim anunciou que o BM tinha decidido colocar à disposição um pacote de US$ 50 milhões para o plano haitiano de renovação sanitária.

O coordenador da resposta da ONU à epidemia de cólera no Haiti, o diplomata chileno Pedro Medrano, tinha dito na quarta-feira à AFP que a doença "ainda é uma emergência" no país, apesar dos avanços obtidos.

O Haiti, que entre 2010 e 2013 teve mais de 700.000 pessoas afetadas pelo cólera, chegará ao fim deste ano com 15.000 casos.

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Wahington - A Organização das Nações Unidas ( ONU ) e o Banco Mundial (BM) fizeram nesta quinta-feira um apelo dramático por recursos para fortalecer a luta contra a epidemia de cólera no Haiti e evitar a anulação dos avanços alcançados.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, presidiram nesta quinta-feira um encontro específico sobre o tema, em paralelo às reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do BM em Washington.

"Convoco todos os associados do Haiti a darem um passo à frente e a ajudarem a construir um Haiti saudável, com água limpa e estrutura sanitária melhorada", disse Ban em discurso, na abertura dos trabalhos da reunião.

O secretário-geral da ONU lembrou que o governo haitiano havia elaborado um ambicioso plano de dez anos para renovar a estrutura sanitária e a rede de distribuição de água potável no país, mas alertou que o plano tem enormes carências em termos de recursos.

"No dia de hoje, o plano nacional de dez anos, com custo de US$ 2,2 bilhão de dólares, conseguiu apenas fundos de 10%", disse Ban.

Desde o devastador terremoto de janeiro de 2010 e a deflagração da epidemia de cólera, no fim do ano, o Haiti "percorreu um longo caminho", disse Ban, e o próprio surto da doença foi, em grande medida, controlado.

"Mas agora devemos avançar. Devemos ajudar o povo haitiano. Devemos oferecer acesso à água, fornecer recursos sanitários para cada haitiano", disse.

Por isso, acrescentou, a ONU está superando a fase da resposta humanitária diante da epidemia letal de cólera, para passar à fase de longo prazo a fim de melhorar as condições de infraestrutura básica no país.

- "Muita gente doente" -

Kim disse que a comunidade internacional "não pode ignorar esta oportunidade de evitar que milhares de crianças haitianas morram por causa de doenças causadas pela falta de acesso à água potável".

O presidente do BM destacou os avanços no controle da epidemia de cólera, mas alertou que "ainda há muita gente doente. O cólera ainda é endêmico e as doenças ligadas à ausência de água potável são as principais causas de mortalidade infantil".

Na reunião, Kim anunciou que o BM tinha decidido colocar à disposição um pacote de US$ 50 milhões para o plano haitiano de renovação sanitária.

O coordenador da resposta da ONU à epidemia de cólera no Haiti, o diplomata chileno Pedro Medrano, tinha dito na quarta-feira à AFP que a doença "ainda é uma emergência" no país, apesar dos avanços obtidos.

O Haiti, que entre 2010 e 2013 teve mais de 700.000 pessoas afetadas pelo cólera, chegará ao fim deste ano com 15.000 casos.

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