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ONU denuncia "mais violência" na Síria após ataque dos EUA

Na última quinta-feira, os EUA lançaram 59 mísseis Tomahawk contra a base aérea síria de Shayrat em represália ao regime de Bashar al Assad

Mistura: "Desde então vimos mais luta e violência, com novas denúncias do uso de bombas de fragmentação e de barril em zonas habitadas, incluindo os arredores de Khan Sheikhoun", disse De Mistura (Pierre Albouy/Reuters)

Mistura: "Desde então vimos mais luta e violência, com novas denúncias do uso de bombas de fragmentação e de barril em zonas habitadas, incluindo os arredores de Khan Sheikhoun", disse De Mistura (Pierre Albouy/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de abril de 2017 às 16h24.

Nações Unidas - A ONU denunciou nesta quarta-feira que após o ataque dos Estados Unidos contra a Síria na semana passada houve "mais lutas e violência" no país, com novas denúncias de armas proibidas que castigaram zonas habitadas pela população civil.

"É hora para pensar com clareza", afirmou o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, ao apresentar hoje um relatório perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas com um panorama da situação política no conflito do país.

Na última quinta-feira, os EUA lançaram 59 mísseis Tomahawk contra a base aérea síria de Shayrat em represália ao regime de Bashar al Assad, após denúncias sobre o uso de armas químicas, dois dias antes, na localidade de Khan Sheikhoun.

"Desde então vimos mais luta e violência, com novas denúncias do uso de bombas de fragmentação e de barril em zonas habitadas, incluindo os arredores de Khan Sheikhoun", disse De Mistura, em alusão a armas proibidas pela legislação internacional.

De Mistura disse que as ações armadas na Síria acontecem em meio a um "frágil" processo de diálogo político conduzido em Genebra, onde foram realizadas cinco rondas de consultas para buscar uma solução política à guerra no país.

O representante da ONU insistiu que somente uma solução política pode pôr fim a essa guerra, "e não uma solução militar, apesar dos que tentam fazer acreditar" que há essa possibilidade.

A guerra na Síria, que causou mais de 300 mil mortos e gerou milhões de deslocados e refugiados, explodiu em 2011 primeiro como um movimento político de oposição à Assad e posteriormente com um levante armado.

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