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ONU anuncia envio de missão de direitos humanos à Ucrânia

O enviado da ONU à Ucrânia anunciou o envio imediato de uma missão de direitos humanos da organização para o país


	Homens armados na Ucrânia: representante da ONU indicou que a missão servirá também para reduzir a tensão dentro do país
 (David Mdzinarishvili/Reuters)

Homens armados na Ucrânia: representante da ONU indicou que a missão servirá também para reduzir a tensão dentro do país (David Mdzinarishvili/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2014 às 10h30.

Genebra - O enviado da ONU à Ucrânia, Ivan Simonovic, anunciou nesta sexta-feira o envio imediato de uma missão de direitos humanos da organização para o país para documentar as violações em seu território, incluída a província separatista da Crimeia.

Em uma primeira avaliação de sua visita à Ucrânia, iniciada no último dia 6, o representante da ONU indicou que a missão servirá também para reduzir a tensão dentro do país e evitar manipulações futuras da informação com fins políticos.

"O que ficou claro muito rapidamente durante nossas discussões na Ucrânia foi a preponderância de relatos diferentes sobre o que exatamente ocorreu no país desde novembro", explicou em comunicado.

E advertiu que se não for feita uma compilação independente e objetiva da informação para estabelecer os atos relacionados com violações de direitos humanos, o risco é alto de que as distintas versões sejam manipuladas para afundar as divisões e incitar o ódio.

"Por muitos anos se evitaram sinais de alerta sobre violações sistemáticas dos direitos humanos", disse, para depois assinalar que essa situação foi claramente "uma das maiores razões para as revoltas na Ucrânia nos últimos meses".

Simonovic mencionou também as denúncias de violações tão graves como torturas, desaparecimentos, prisões arbitrárias e execuções sumárias, inclusive com a atuação de franco-atiradores.

"Eu me encontrei pessoalmente com a vítima de uma brutal surra e cujas cicatrizes, físicas e mentais, eram claramente visíveis", relatou.

Os responsáveis por esses abusos devem responder na justiça, mas sem que isso signifique cair em vinganças, acrescentou.

Ele disse estar encorajado pela "vontade" transmitida por altos representantes do governo ucraniano "de romper com as injustiças passadas" e dirigir o país adiante sob regras democráticas.

A missão na Ucrânia fica no país até a próxima terça-feira.

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