Onda de covid-19 na Malásia ameaça prolongar escassez global de chips
Interrupções no local acabam com as esperanças de um alívio no segundo semestre deste ano e ameaçam prolongar as incertezas sobre 2022
(Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
29 de agosto de 2021, 14h52
A onda de casos de covid-19 na Malásia, país crucial na cadeia de suprimentos de semicondutores, impôs novos desafios na batalha para superar os problemas de produção industrial que se espalharam pelos setores durante a escassez global de chips. Interrupções no local acabam com as esperanças de um alívio no segundo semestre deste ano e ameaçam prolongar as incertezas sobre 2022.
A crise de oferta na Malásia, causada principalmente pela falta de profissionais, ligada a medidas de controle do vírus e combinadas com um forte aumento na demanda global, representa um novo problema para a indústria automobilística. No primeiro semestre deste ano, a escassez se deu, sobretudo, por empresas que subestimaram o ritmo de recuperação econômica e não encomendaram peças suficientes.
Agora, enfrentam dificuldades para conseguir as peças necessárias, porque os surtos de covid-19 estão prejudicando a produção.
"Achamos que o abastecimento está resolvido e, de repente, surge um problema em outro lugar", diz Ravi Vijayaraghavan, sócio e especialista em semicondutores da consultoria Bain & Company. Algumas das principais fabricantes de automóveis do mundo, como Toyota, Ford, General Motors e Nissan, divulgaram grandes cortes de produção, atribuídos sobretudo à escassez de chips nas fábricas da Malásia.
A Ford suspendeu o trabalho por cerca de uma semana em uma fábrica de F-150 em Kansas City, no Missouri, e em uma de Fiesta em Colônia, na Alemanha, por causa da falta de peças.
A Toyota, por sua vez, anunciou que reduziria a produção global em cerca de 40% em setembro.
A General Motors comunicou que espera fabricar 100 mil veículos a menos na América do Norte no segundo semestre do ano.
Os problemas na Malásia se devem à pior onda de covid-19 no país desde o início da pandemia. A nação de aproximadamente 32 milhões de pessoas já registrou mais de 1,6 milhão de casos e cerca de 15 mil mortes, sendo mais da metade neste verão (no Hemisfério Norte).
Últimas Notícias
FBI revista casa de praia de Biden em busca de documentos
Há menos de um minuto • 1 min de leituraClima e migração serão temas de encontro entre Lula e Biden nos EUA
Há menos de um minuto • 1 min de leituraUcrânia realiza operações de busca por vários casos de corrupção
Há menos de um minuto • 1 min de leituraAnarquista em greve de fome há 100 dias acende debate sobre prisões na Itália
Há menos de um minuto • 1 min de leituraBrands
Uma palavra dos nossos parceiros
Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.
leia mais